Morales e MAS favoritos
A campanha eleitoral para as eleições presidenciais e legislativas do próximo dia 12 na Bolívia chega hoje ao fim e tudo aponta para mais uma significativa vitória do actual presidente e candidato Evo Morales e do Movimento para o Socialismo (MAS), que dispõe de dois terços dos lugares no Congresso.
De acordo com as três sondagens divulgadas a semana passada, Morales aparece claramente destacado com 59 por cento das intenções de voto, e com 40 pontos de vantagem sobre o seu mais próximo adversário, Samuel Doria, da Unidade Democrática (UD). Segundo a legislação boliviana, para obter uma vitória na primeira volta o candidato deve ter mais de 50 por cento dos votos válidos ou 40 por cento, caso a diferença em relação ao candidato colocado em segundo lugar seja superior a 10 pontos.
Às eleições apresentam-se ainda candidaturas do Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Verde da Bolívia (PVB) e o Movimento sem Medo (MSM).
O MAS encerra hoje, dia 9, a sua campanha com um comício na cidade de El Alto, departamento de La Paz, em que intervêm Evo Morales e Álvaro García Linera.
Sob a presidência de Morales – que chegou ao poder nas eleições de Dezembro de 2005, tornando-se o primeiro presidente de origem indígena e o primeiro chefe de Estado boliviano a ser eleito à primeira volta em mais de 30 anos, sendo reeleito em Dezembro de 2009 – a situação económica e social do país não tem parado de progredir. Considerada a nação mais pobre da América do Sul, a Bolívia cresceu 6,5 por cento em 2013, o melhor resultado em três décadas. Entre 2007 e 2012, o crescimento anual do PIB foi de 4,8 por cento. Para este ano, o FMI prevê que o crescimento chegue aos 5,5 por cento.
De orientação socialista, o governo de Evo Morales tem como foco da sua acção a implementação da reforma agrária, a nacionalização dos sectores chave da economia e o desenvolvimento das condições de vida da população.