Que medidas tomou?
Os eleitos do PCP na Assembleia Municipal de Lisboa querem saber que medidas irá a autarquia tomar para que a companhia teatral Artistas Unidos não fique sem uma residência, o Teatro da Politécnica, depois de terminado o contrato com a Universidade de Lisboa.
Num requerimento dirigido à vereadora da Cultura na Câmara de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, os comunistas perguntam que diligências foram efectuadas junto da Universidade de Lisboa para apurar o fim daquele contrato, acabando com «um percurso de três anos em que a companhia transformou um espaço abandonado numa das referências culturais da cidade».
Segundo a comunicação social, a razão apontada para a cessação do contrato é o atraso nos pagamentos do valor de arrendamento, que, de acordo com uma Carta Aberta da companhia, estaria a ser negociada desde Julho de 2013 com o Director do Museu de Ciência e História Natural – único interlocutor no processo – (tendo sido recusado pela Universidade o plano de pagamentos apresentado sem qualquer justificação).
«A verdade é que esta companhia efectuou obras de reabilitação e reparação, valorizando substancialmente o locado, e atravessa, como todas as companhias de teatro em Portugal, graves dificuldades por via dos cortes orçamentais brutais que o Governo PSD/CDS impôs», refere o requerimento do Partido, onde ainda se dá a conhecer que «o protocolo foi negociado tendo por base precisamente o apoio recebido pela companhia via DGArtes (à data, 8 por cento a pagar pela companhia do valor recebido que era de 80 mil euros/ano, sendo que foi reduzido para metade esse apoio, mas a renda não!)».