Miguel Viegas visitou a Palestina

Pôr fim à ocupação

O deputado do PCP Miguel Viegas visitou a Palestina, integrado numa delegação do Grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu.

Israel não permitiu aos deputados a entrada na Faixa de Gaza

A visita terminou no fim-de-semana e ficou desde logo marcada pela recusa das autoridades israelitas em permitir a entrada dos deputados na Faixa de Gaza, o que o PCP (numa nota divulgada pelo Gabinete de Imprensa no dia 5) considerou uma «ampla demonstração de má consciência face aos crimes que ali foram cometidos». Mas como se lê na mesma nota, «nem por isso o programa deixou de ser amplo e diversificado», permitindo um conhecimento mais pormenorizado de muitos dos mais flagrantes aspectos da ocupação israelita da Palestina.
Depois de terem estado reunidos com representantes de diversas associações israelitas de defesa dos direitos cívicos e de terem visitado o muro de separação e alguns bairros ameaçados pela instalação de novos colonatos israelitas, os deputados encontraram-se com o governador de Jerusalém e com alguns ministros do governo palestiniano. Destes encontros sobressaiu a necessidade de intensificar a pressão internacional sobre Israel para que este ponha fim à ocupação, reconheça o direito do povo da Palestina a construir o seu próprio Estado (nas fronteiras anteriores a Junho de 1967) e permita o regresso dos refugiados.
No segundo dia, Miguel Viegas e os restantes deputados do GUE/NGL visitaram o hospital de Al Makased, em Jerusalém, e contactaram com a família do jovem Abu Khdeir, de 15 anos, que foi assassinado. Neste último caso, as imagens captadas pelas câmaras de vídeo-vigilância provam a completa passividade das autoridades de Israel, que nada fizeram para procurar o jovem no momento em que o seu rapto foi anunciado: como tantos outros jovens, e crianças, Abu foi espancado e queimado vivo. Nas deslocações a Belém e Hebron, foi possível testemunhar as imensas dificuldades das populações palestinianas para vencer os inúmeros obstáculos causados pela ocupação ilegal da sua pátria – o muro, os 104 postos de controlo, o roubo de reservas de água, etc.
No terceiro e último dia da visita, os deputados do Parlamento Europeu estiveram em Ramalah, onde visitaram o túmulo de Yasser Arafat e mantiveram um vasto número de reuniões com as autoridades palestinianas.
No comunicado do PCP emitido no dia 6, no final do segundo dia da visita dos deputados ao PE, lembra-se que apesar do cessar-fogo as negociações «encontram-se num impasse, com o governo de Israel a boicotar o processo negocial e a promover a instalação de mais colonatos». É, pois, fundamental que a chamada comunidade internacional «assuma as suas responsabilidades e obrigue Israel a aceitar as resoluções da ONU e a criação de um Estado palestiniano». Os deputados do PCP tudo farão para pressionar a União Europeia a intervir nesse sentido. Como sempre fizeram.




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