Agressão sionista à Palestina

Ocupação reforçada

Israel apropriou-se de mais 400 hectares de terras na Cisjordânia, reforço da ocupação que confirma o projecto sionista de expulsão dos palestinianos dos seus territórios.

 

O objectivo é forçar o povo da Palestina ao exílio

A decisão de anexar os terrenos entre as cidades palestinianas de Belém e Hebron, anunciada domingo, formaliza o reconhecimento do colonato de Gva'ot por parte de Israel, mas sobretudo atesta que o governo liderado por Benjamin Netanyahu é um fiel executor de um plano cujo objectivo é forçar o povo da Palestina ao exílio.

As autoridades palestinianas denunciam que este reforço da ocupação contempla o roubo de um total de mil hectares na Cisjordânia. Os palestinianos sublinham, igualmente, que a estratégia expansionista é ilegal e representa um obstáculo à paz.

Posição semelhante manifestou o secretário-geral das Nações Unidas, para quem «reclamar esse terreno tão grande (…) abre caminho para futuros colonatos», o que é «ilegal à luz do direito internacional e está totalmente contra a tentativa de procura da solução que prevê os dois estados».

O Egipto também criticou Telavive, salientando o impacto negativo da anexação nas negociações previstas para as próximas semanas no Cairo. Recorde-se que o governo egípcio foi o mediador do cessar-fogo que determinou a suspensão da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza. Em 50 dias de intensos bombardeamentos, a campanha militar matou 2143 palestinianos, a esmagadora maioria civis e entre os quais cerca de meio milhar de crianças; feriu quase 11 mil, muitos dos quais ficarão com sequelas para toda a vida; destruiu centenas de escolas e unidades de saúde, boa parte das infra-estruturas básicas e milhares de habitações, provocando uma crise humanitária com milhares de deslocados carentes dos géneros mais básicos e um grau de destruição que leva a calcular em mais de uma década e em centenas de milhares de euros o tempo e o custo da reconstrução do enclave.

Entretanto, o primeiro-ministro israelita veio justificar a interrupção da guerra contra a Faixa de Gaza com a necessidade de salvaguardar recursos. O argumento serve de base para a imposição de cortes orçamentais na ordem dos dois por cento em todas as áreas públicas, à excepção da Defesa – sublinhando a validade da tese que afirma que não é livre o povo que oprime outros povos –, mas demonstra, igualmente, que o sionismo projecta já novas investidas armadas na região.



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