O terrorismo governa o império
A TVI, em Portugal, divulgou um filme sobre a Mossad – polícia secreta de Israel – onde aparece Netanyau, hoje o mandatário da política do Estado de Israel, como um destacado membro daquele grupo terrorista que assassina os seus antagonistas em qualquer país – como foi feito com Arafat e tantos outros palestinianos que combatiam a política nazi de extermínio imposta pelos governos israelitas desde 1947, quando os «aliados» apoiaram a localização de um «Estado para acolher os judeus perseguidos».
A história da Mossad explica a dubiedade da formação do Estado de Israel, cujos princípios éticos e humanistas eram de respeito pelos povos que viviam naquele território, como consta da sua declaração histórica, mas que convinha aos imperialistas ditos «aliados» que precisavam criar um enclave no Oriente Médio para minar os povos árabes que lutavam pelo desenvolvimento democrático.
O grande maestro Daniel Baremboim fez esta denúncia na presença do presidente de Israel ao receber uma homenagem pelo seu trabalho musical internacional, dizendo que «o Governo atraiçoava os princípios com que foi formado o Estado ao agredir o povo palestiniano aglomerado em Gaza cercado por muros».
Muitos foram os israelitas que, depois do entusiasmo de terem um Estado onde poderiam viver em paz com um sistema socialista e democrático a partir dos kibutz idealizados, emigraram para outros países ao perceberem que os governantes agiam em sintonia com o poder imperial liderado pelos Estados Unidos com o apoio dos «aliados» de antes.
Diante do agravamento do confronto de Israel com o mundo árabe vizinho, armado inclusive com a bomba atómica pelos imperialistas que se consideram donos e polícias do mundo, a população judaica foi ali formada como «povo eleito», com livros escolares que relatam uma falsa história em que os palestinianos são tratados como terroristas e não como povo vizinho, que desenha a geografia do Estado sem reconhecer os limites acordados com a ONU para localizar o Estado
Palestiniano. Com o exercício de uma política de permanente ódio aos árabes e à cultura muçulmana e a prática nazi de controle estrito da informação nacional e da formação mental das gerações mais jovens, transformaram o Estado de Israel numa aberração que faria inveja a Hitler.
São muitos os judeus que hoje declaram a sua «vergonha» por pertencerem àquele Estado, que emigram e denunciam as atrocidades nazis praticadas contra os palestinianos. Não devemos ter vergonha da nossa história e da nossa cultura, mas sim denunciar os «podres» criminosos. Isto ocorreu com bons norte-americanos quando os Estados Unidos apoiaram o golpe de Pinochet e nas vezes múltiplas em que invadiu e destroçou povos independentes.
Apoiemos os que enfrentam corajosamente, em grupos unidos, as perseguições dos governantes terroristas do seu Estado judaico manifestando a sua crítica ao genocídio da população de Gaza.
O mundo livre assiste ao horror praticado na região, que lembra o Holocausto nos campos de extermínio nazi, e a conivência dos sempre «aliados» sob o programa imperialista revestido de um falso protecionismo humanista.
As nações mais democráticas da América Latina hoje denunciam as chacinas e a incompetência democrática da ONU para impedir que prossigam as chacinas de uma população civil, a acção terrorista de um Estado que se diz democrático e a deformação da realidade histórica que gera uma consciência alienada nas populações de todo o mundo através do monopólio imperialista da informação social.
Esta aberração política em que se transformou o Estado de Israel produz criminosos patológicos como, segundo notícia que circulava na Internet no início de Agosto de 2014: «o militar israelita, David Ovadia, divulgou várias fotos com o seu uniforme e armas de fogo, no seu site de Instagram, e numa delas comentou: “Hoje matei 13 crianças.” A este soldado que actua na Faixa de Gaza, em outra foto, uma pessoa cujo nome de usuário é «sherrii-elkaderi» comentou por baixo: «Rezem por Gaza». Como resposta a este comentário o soldado Ovadia escreveu: «Hoje matei 13 e tu serás o próximo. Vão para o inferno, malditos muçulmanos».
Não aceitamos a impunidade desses governantes terroristas que assassinam populações desarmadas e que usam delinquentes com patologias graves como soldados matadores. Também denunciamos autoridades internacionais como o presidente Obama, que se diz «com o coração partido» enquanto o seu país manda armas para Israel. Que poder superior é este que comanda o mundo deturpando a História e os princípios éticos da Humanidade?