na Quinta da Atalaia
A Festa que continua Abril
O Secretário-geral do PCP, saudando os construtores da Festa do Avante! – tornada possível pelas condições criadas pelo 25 de Abril – lembra que a Festa afirma os valores da Revolução e reforça o Partido portador de um projecto de transformação social.
«Sairemos daqui com mais força para a luta»
Dirigindo-se às centenas de militantes e amigos do PCP que no sábado, 30, estiveram na Quinta da Atalaia para mais uma jornada de construção da Festa do Avante!, Jerónimo de Sousa sublinhou o trabalho voluntário como uma característica ímpar da maior iniciativa político-cultural nacional. Singularidade que considerou ser reflexo de um Partido diferente e que, por isso, constrói a Festa que é expressão da vontade de homens, mulheres e jovens livres.
Liberdade, empenho, participação desinteressada, disponibilidade revolucionária – tudo valores que manifestando-se na Festa do Avante! durante a sua implantação e funcionamento, bem como nas múltiplas tarefas que a tornam possível como realização de massas, têm raízes fundas em Abril, mostrando a quem quiser olhar e ver na prática repetida, ano após ano, que Abril não só valeu a pena, como é indissociável do grande colectivo que é o PCP.
A Festa é portanto de Abril porque só as condições criadas pelo processo emancipador a tornaram possível, mas também porque Abril prossegue na Festa. E na sua 38.ª edição (a 25.ª na Atalaia-Amora-Seixal) com redobrada presença, uma vez que os 40 anos da Revolução, que em 2014 se assinala, perpassam todo o programa.
Comemoração justa e oportuna dos valores que, para o Secretário-geral do PCP, «apesar do grau de destruição das conquistas e realizações revolucionárias, continuam perenes e firmes» na sociedade portuguesa e «são parte constitutiva do futuro que queremos para Portugal».
Mais fortes
Mas a Festa que é da solidariedade internacionalista, da paz, da fraternidade, da juventude, é também a Festa da luta. «Ganharemos força nestes três dias. Apesar de tanto trabalho, sairemos daqui com mais força para a luta» contra «um Governo direccionado para a liquidação de direitos, o aumento da exploração e empobrecimento visando a recomposição e a centralização do capital monopolista», propósito que mostra que o executivo PSD/CDS «não é nem incompetente nem inconsciente, mas um governo de classe», salientou ainda o Secretário-geral do PCP.
Reforço que Jerónimo de Sousa adiantou traduzir-se em «números que revelam que este Partido está a crescer e a avançar», os quais prometeu anunciar no comício de encerramento da Festa do Avante!, domingo, às 18h00.
Números que além de demonstrarem como estavam errados «os comentadores, analistas, jornalistas, gente de serviço do capital» que «decidiu, determinou e sentenciou que o PCP ia desaparecer, tornar-se residual e morrer», sublinham que «não há solução para o nosso País sem uma política alternativa e uma alternativa política que conte com o PCP».
Alternativa que «não é com este Governo, já sabemos», disse o Secretário-geral comunista, afastando no entanto a hipótese de o PCP «engrossar a política dos que defendem a alternância», dos que «querem mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma».
«Confiança», foi a última palavra dirigida por Jerónimo de Sousa aos construtores da Festa do «Partido que vive para o povo, para os seus interesses e direitos e que persiste no seu ideal e projecto de transformação social». Projecto que transporta Abril, como a Festa.