Derrota por falta de comparência
Num jogo, por mais inócuo ou mais sério que seja, não há que fugir de três hipóteses definitivas e finais: ou se ganha, ou se perde, ou se empata. Num jogo há, sempre, quem defenda a sua camisola, no lado oposto de quem defende a dele, ou deles.
Em alguns «desportos» há «mercenários», ou seja, jogadores que, estando-se marimbando para o «amor à camisola», jogam por proventos, muitas vezes não poucos. Porém, sendo ou não sócios militantes das cores que envergam, jogando por dinheiro ou por anseios de trampolim para outros vôos, enquanto envergam a dita camisola defendem-na e pronto.
Observei alguns jogos do campeonato nacional. Numa das modalidades, vi resultados adulterados no relatório final que validavam golos em off-side da equipa do MEC e anulavam um tiro certeiro da equipa da FENPROF, com a agravante da expulsão de muitos jogadores desta última que, ou não passaram nos testes de aptidão ou foram postos fora de combate por via de regulamentos que adulteraram a verdade do jogo.
Noutra competição, a equipa da Função Pública (FP) defrontava o seu adversário, cuja treinadora substituta, a D. Albuquerque, no cargo por incapacidade notória do auto-demitido «coach» Gaspar, manipulava as regras da competição, retirando à FP a capacidade de contratar reforços legais e vendo-se prejudicada por cartões vermelhos sem justa causa, valendo, no caso, o árbitro, por abreviatura TC, que apitou nos limites das infrações mais violentas.
A equipa do PG (Povo em Geral), essa sim, sempre defendeu, no terreno e com claques genuínas e sem subsídios, a camisola, suada de muitíssimas jornadas, numa competição desonesta contra quem, passo a Passos, foi abrindo Portas à desonestidade e à batota, com jogadas sujas e submarinas. Mesmo assim o resultado, afiança quem, com (consciência de) classe faz prognósticos credíveis antes do fim do jogo, a vitória há-de sorrir, apesar das inúmeras lesões, aos do Povo em Geral.
Noutro jogo, a equipa que, por ter o aval da terceira pessoa da santíssima trindade, perorava máximas de euromilhões, perdeu por insolvências capitais, mudando, com lágrimas tardias e salgadas, o nome do clube, por imposição superior, descendo de divisão e deixando os sócios a reclamar das quotas pagas sem resultados condizentes com o investimento.
Não por capacidade própria, mas por desleixo de encolher de ombros de uma AG de sócios – então 'tá bem, prontos, manda lá no clube maior e depois logo se vê –, foi para a contenda um tal PR. Tão mal jogou – ou não jogou – que perdeu por falta de comparência!
O campeonato segue dentro de momentos.