Unidade e luta
Uma delegação do PCP esteve no dia 28 de Abril junto às Minas da Panasqueira, numa manifestação de solidariedade com os seus trabalhadores, que realizaram uma greve de dois dias (ver página 19). No documento distribuído valoriza-se a «grandiosa luta na defesa do caderno reivindicativo, em particular o aumento do salário e contra a proposta da empresa de alteração dos horários de trabalho». O PCP sublinha, nesse comunicado, a unidade e a luta demonstradas pelos trabalhadores da empresa, que levaram a administração a recuar nas suas intenções de alargar o horário de trabalho.
O Partido garante ainda que a SojitzBeralt, multinacional detentora da exploração do volfrâmio na Panasqueira, tem «todas as condições» para responder às justas reivindicações dos trabalhadores. Com vendas anuais de minério a rondar os 30 milhões de euros, a empresa paga um salário médio de 720 euros aos seus 365 trabalhadores, 30 por cento dos quais têm vínculos precários.
Entretanto, na Simarsul, a célula do PCP está a distribuir um comunicado onde apela aos trabalhadores do sector da água e dos resíduos para que lutem contra a privatização que, garante, «conduzirá a mais empobrecimento, perda de direitos e de soberania». O PCP alerta para o facto de o Governo, sob a capa da «reestruturação» do sector, pretender avançar com concessões das empresas públicas como «caminho para entregar ao grande capital nacional e estrangeiro este importante e estratégico serviço público».
Para o PCP, a privatização deste sector – já em curso com a alienação da EGF – é «mais um crime económico e um atentado à soberania nacional», com centenas de milhões de euros de investimento público no sector a ser entregue «ao desbarato» ao grande capital. Esta privatização terá como consequência a degradação da qualidade dos serviços prestados às populações, o aumento dos preços cobrados, a diminuição do investimento e a redução do número de postos de trabalho.