MURPI reclama um país mais justo,
solidário e soberano

Viver com dignidade

No mo­mento de es­co­lhas elei­to­rais, a Con­fe­de­ração Na­ci­onal de Re­for­mados, Pen­si­o­nistas e Idosos (MURPI) apela aos re­for­mados por­tu­gueses que exerçam o seu di­reito de voto es­co­lhendo quem mais ga­ran­tias tem dado na de­fesa dos seus di­reitos.

Pre­tendem con­denar o nosso País a mais 20 anos de aus­te­ri­dade

Va­lo­ri­zando a luta dos re­for­mados, apo­sen­tados e pen­si­o­nistas, le­vada a cabo no dia 12 de Abril, onde, em vá­rias ci­dades do País, «mi­lhares ex­pres­saram o seu pro­testo e in­dig­nação, re­a­fir­maram que con­ti­nu­arão a lutar contra o roubo nas suas pen­sões, contra os ver­go­nhosos aten­tados aos seus di­reitos so­ciais e pela re­po­sição dos va­lores de que foram es­po­li­ados ao longo dos anos», o MURPI, em nota de im­prensa, alerta para as me­didas tor­nadas pú­blicas re­cen­te­mente sobre a sus­ten­ta­bi­li­dade da Se­gu­rança So­cial, que «ame­açam o pre­sente e o fu­turo dos tra­ba­lha­dores e dos re­for­mados».
«O pacto de ra­pina con­ge­mi­nado pela troika apre­sentou-se como um ins­tru­mento de po­lí­tica fi­nan­ceira, tendo sido subs­crito por três par­tidos [PS, PSD e CDS], que acor­daram com o saque de im­por­tantes pro­ventos dos por­tu­gueses. A re­dução pro­gres­siva dos di­reitos ga­ran­tidos pelo Es­tado e o au­mento brutal dos im­postos, sendo parte in­te­grante do re­fe­rido pacto, agra­varam as de­si­gual­dades so­ciais em Por­tugal, ati­rando muitos idosos e pen­si­o­nistas para a mi­séria», cri­tica a Con­fe­de­ração, lem­brando que «as ca­madas so­ciais de baixos e mé­dios ren­di­mentos foram as mais atin­gidas pelas me­didas de aus­te­ri­dade, que du­rante três anos apro­fun­daram ainda mais a po­breza em Por­tugal e acen­tu­aram as in­jus­tiças so­ciais».

PS e PSD/​CDS

Um saque que vai con­ti­nuar, se não se in­verter esta ten­dência. «A di­recção do PS pre­tende as­se­gurar a vi­ta­li­dade da Se­gu­rança So­cial cri­ando o factor de sus­ten­ta­bi­li­dade (FS) e fi­xando o in­de­xante de apoio so­cial (IAS), duas me­didas que pe­na­li­za­riam for­te­mente os tra­ba­lha­dores e os re­for­mados, por fa­zerem de­pender os va­lores das re­formas da es­pe­rança média de vida e do cres­ci­mento eco­nó­mico», de­nuncia o MURPI.
Já o ac­tual Go­verno (PSD/​CDS), acres­centa a Con­fe­de­ração, «teima em re­duzir de­fi­ni­ti­va­mente o valor das pen­sões re­cor­rendo a cri­té­rios como a de­mo­grafia [leia-se ín­dice de en­ve­lhe­ci­mento po­pu­la­ci­onal] e o cres­ci­mento eco­nó­mico, também pe­na­li­zando os tra­ba­lha­dores e os re­for­mados».
En­tre­tanto, nos úl­timos dez anos, a Con­fe­de­ração Na­ci­onal, ine­ga­vel­mente pre­o­cu­pada com a sus­ten­ta­bi­li­dade da Se­gu­rança So­cial, tem vindo a propor so­lu­ções como a tri­bu­tação de mais-va­lias fi­nan­ceiras re­sul­tante da es­pe­cu­lação nas tran­sac­ções, a tri­bu­tação das mais-va­lias do valor acres­cen­tado nas em­presas que uti­lizam tec­no­logia com re­curso a mão-de-obra re­du­zida, além de uma co­brança mais eficaz das dí­vidas e do com­bate à evasão fis­cais. «Tais me­didas foram sempre re­pu­di­adas pelos go­vernos do PS e do PSD/​CDS», re­fere o MURPI, con­cluindo que «estes três par­tidos», que «subs­cre­veram o Tra­tado Or­ça­mental do Es­tado, pre­tendem con­denar o nosso País a mais 20 anos de aus­te­ri­dade e ao con­di­ci­o­na­mento do cres­ci­mento eco­nó­mico, o que acen­tuará a de­gra­dação das con­di­ções de vida dos por­tu­gueses».




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