Prossegue o ataque à Administração Pública


A ministra das Finanças «tenta esconder mais uma manobra óbvia de saque aos trabalhadores e aposentados da Administração Pública», afirma a Frente Comum numa nota à comunicação social, emitida a 15, na sequência do Conselho de Ministros realizado nesse mesmo dia. Para a organização sindical, está em causa o anúncio de cortes no valor de 730 milhões nos ministérios e de 180 milhões em aposentações e rescisões, «mantendo o grande capital privado impune».
«Estas medidas implicam, além de despedimentos, cortes nos salários, roubos nas pensões», considera a Frente Comum, que acusa a ministra de mentir «descaradamente» ao dizer que «trabalhadores e aposentados não serão afectados» e denuncia os intentos de um Governo que «viola a Constituição» de «continuar a atacar» os trabalhadores da Administração Pública «para pagar os juros da agiotagem estrangeira».
Em nota vinda a público também no dia 15, o sindicato da Função Pública (FP) afirma que «este é o Governo ao serviço do grande capital», que «favorece e alimenta com o dinheiro público criado à custa dos trabalhadores e aposentados deste País». No dia em que o Governo anunciou a continuidade da política de «cortes nos salários e pensões dos trabalhadores da Administração Pública», soube-se que o Executivo «pagou rendas de quase quatro milhões de euros», desde 2010, ao fundo de investimento imobiliário a que vendera o edifício sede da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), revela a federação sindical. Criticando a «indecorosa gestão» de património e dinheiro públicos, a FP afirma que os «dramáticos sacrifícios» impostos aos trabalhadores mais não passam do que «uma forma de transferir para os privados elevadas benesses em dinheiros públicos».

 



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