Situação de emergência
O Departamento de Habitação da Câmara de Coimbra prevê ter apenas 12 habitações disponíveis, durante o presente ano, para responder aos quase 500 pedidos de ajuda enquadrados em situação de emergência, segundo o vereador Francisco Queirós, da CDU. Há quatro anos a lista de pedidos de emergência tinha menos de cem famílias.
Neste momento, o município detém cerca de mil fogos, espalhados por sete bairros da cidade, «quase completamente ocupados», sendo o parque habitacional da Câmara «claramente insuficiente», afirmou Francisco Queirós durante uma conferência de imprensa que teve lugar no Departamento.
Face a esta situação, o vereador irá enviar uma carta «a todas as famílias» que estão na lista de pedidos de habitação a informar que, «apesar de todos os esforços, medidas e propostas», a Câmara de Coimbra «não conseguirá dar resposta a todos os pedidos que teriam direito e aguardam uma habitação».
Elencando as razões para esta situação, o eleito do PCP aponta a «política de empobrecimento e de declínio económico que o Governo impõe ao País», o «cancelamento do programa Prohabita», do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e a «falta de uma política nacional de habitação», estando as reabilitações, de momento, a ser financiadas apenas com meios da autarquia.