Milagre e apagão da nova Ordem Mundial no Brasil
«O mundo já está preparado para se submeter a um governo mundial... A supremacia global de uma elite de intelectuais e de banqueiros é seguramente preferível à autodeterminação nacional! A Nova Ordem Mundial emergirá do caos...» (David Rockefeller, multimilionário norte-americano alto illuminati da Nova Ordem, 1991).
«Só no Brasil, e em 2013, o agronegócio registou um lucro de 82,91 biliões de dólares em exportações. A soja, em óleos, farelo e grão, foi campeã da produção, com 31% das exportações; em seguida veio a carne e, em terceiro lugar, o milho» (Danielle Silveira, «Um ano ruim para a Reforma Agrária», Janeiro 2014).
«Ano abençoado faz Banco do Vaticano lucrar 86,6 milhões de euros em 2012 e dar um salto em frente de 327% em relação ao ano anterior… são circuitos permanentes que se auto-alimentam; o Vaticano não é mais que um reflexo pontual e decadente da própria decadência mundial. Só no Brasil, em 2013, o agronegócio registou, com as suas exportações, um lucro enorme. Lembremo-nos que o IOR-Banco do Vaticano, administra 6,3 biliões de euros em activos financeiros» (Eduardo Febro, «Carta Maior», 2014).
«O FMI calcula que os bens offshore de empresas ou cidadãos individuais atinjam os 5,5 mil biliões de dólares, em 2013, um valor equivalente a 25% do produto total mundial. Nos Anos 90, as fortunas das elites do Terceiro Mundo em contas cifradas foram calculadas em cerca de 600 mil milhões de dólares, estando um terço dessa quantia depositado na Suíça» (M. Chossudovsky, Presidente do «Center for Researh on Globalization»).
Dizem alguns que é milagre económico o que se passa no Brasil com os trangénicos agroalimentares. Em pouco mais que um ano, o Brasil transformou-se no maior exportador mundial de matéria-prima alimentar e de sementes modificadas. A imagem que os mercados formavam da nação brasileira (a pátria das favelas) foi profundamente alterada e, agora, os neocapitalistas já a nomeiam como celeiro mundial emergente. Simultaneamente, o agronegócio deixou de ser exclusivo dos países latino-americanos da Mercosul. O projecto deu um passo de gigante e começou a afirmar-se, também, em África e na Europa. O dinheiro não falta e os banqueiros compram terras a esmo e procuram reconstituir o feudalismo ancestral.
O Vaticano participa activamente em todas as mega-operações do grande capital e da Nova Ordem que é o seu projecto. Promove a crescente utilização dos agrotóxicos. Silencia perante as trapaças políticas e financeiras. Enriquece com a fome e a miséria e finge que não vê. Entroniza um papa que é íntimo da Mercosul, da Wall Streeet e namora a Teologia da Prosperidade que, envergonhadamente, a Cúria afecta condenar embora pratique o mesmo catecismo (faz a coisa e descreve-a; organiza a coisa segundo as leis do dínamo do Céu; e, depois, conta a coisa que fizeste usando uma linguagem dura e triunfal – exijo, decreto, determino, reivindico, etc. Segundo esses profetas, dentro de dez anos, o Brasil será o mais próspero país capitalista agrário do mundo.
Nesta curta fase de desenvolvimento acelerado dos monopólios, a situação económica e social de quase 200 milhões de cidadãos brasileiros não cessou de agravar-se. O salário mínimo dos trabalhadores é insignificante. O desemprego – não obstante as contínuas manobras das mudanças de critérios das estatísticas oficiais – aumenta a olhos vistos, sobretudo entre as populações urbanas. Milhões de brasileiros debatem-se com a fome, sem um dispositivo eficiente de segurança social. Os juros da dívida pública devem já rondar os mil milhões semanais de dólares, na sua quase totalidade pagos pelos mais variados impostos que esmagam proletários e classe média.
Afinal, no Brasil, tal como cá, em Portugal!
Ao brilho ofuscante do oiro acumulado pelos mais ricos, corresponde o «apagão» dos direitos e liberdades conquistados pelos mais pobres. Só agora, o capitalismo que moldou sucessivas gerações vai mostando a sua verdadeira face. E os trabalhadores só aos poucos compreendem os horrores daquilo que lhes está a acontecer. Tinham ouvido falar dos crimes do Capitalismo. Conhecem-nos agora na sua própria carne. Terão de ser eles a construir o futuro.
Isto, uma vez mais, recorda Lenine: «Não pretendemos que Marx ou os marxistas dominem os caminhos para o socialismo em todos os seus pormenores. Seria um absurdo… Compreendemos a direcção desse caminho, sabemos que forças de classe o apoiam mas, na prática, tudo o resto só a experiência de milhões de cidadãos o demonstrará, quando lançarem mãos a essa gigantesca tarefa...».