«Apesar da campanha que apela à resignação, à desistência e ao conformismo, vir tanta gente a estas manifestações de hoje é uma demonstração de que o Governo e a sua propaganda não passam», e «virem aqui protestar, lutar, já significa uma vitória», declarou Jerónimo de Sousa. Falando aos jornalistas, durante a manifestação em Lisboa, o Secretário-geral do PCP destacou que a jornada de 1 de Fevereiro «tem um significado muito importante».

«Num quadro em que o Governo faz uma tremenda campanha de propaganda, a dizer que está tudo bem, que estamos a assistir a milagres», o dia nacional de luta da CGTP-IN permitiu que milhares de pessoas saíssem à rua para «dizer que o povo português não está a viver bem, está a empobrecer, a conhecer o aumento da exploração», trazendo para as ruas «não só a sua indignação e o seu protesto, mas também a sua luta». Jerónimo de Sousa expressou «profunda convicção de que quem há-de ir-se embora é o Governo, quem há-de ficar são os trabalhadores, o povo e a sua luta».

Na manifestação em Lisboa integrou-se uma delegação do Partido composta, além do Secretário-geral, por Francisco Lopes e José Capucho (membros do Secretariado do Comité Central), Armindo Miranda e Margarida Botelho (membros da Comissão Política do CC), e João Ferreira (membro do CC, deputado no Parlamento Europeu e vereador na CM Lisboa).

Na generalidade das manifestações, para além da participação de muitos comunistas no âmbito das organizações de trabalhadores, também marcaram presença representações das direcções regionais do PCP.