Aposta errada
A CDU de Torres Novas votou contra o Orçamento e Contrato-Programa para 2014 da Turrisespaços, empresa municipal que gere, para além de diversas actividades desportivas, o Teatro Vírgínia. «Continuo a entender que a constituição da empresa foi uma aposta errada do município, sendo certo que devia ser este a desenvolver as actividades culturais e desportivas que têm sido transferidas para a Turrisespaços», salientou, em reunião de Câmara, o vereador Carlos Tomé, considerando «inaceitável» que «o município tenha um encargo anual global de um milhão e 400 mil euros» com a Turrisespaços.
«Numa altura em que o País, o concelho, os munícipes e o próprio município vivem uma situação económico-financeira muito difícil é incomportável manter um encargo tão elevado. De facto, o município não tem condições financeiras para manter este nível de encargos», salientou Carlos Tomé, que não encontra qualquer justificação para que se mantenham os mesmos valores para a empresa municipal quando a Câmara «está a fazer cortes em todos os sectores municipais» e em que «a própria dotação orçamental foi reduzida em 20 milhões de euros».
«Repare-se que o valor de 660 mil euros de subsídios à exploração pagos pelo município à Turrisespaços em 2013 é precisamente o mesmo valor previsto no contrato-programa para 2014», acrescentou o vereador do PCP, informando que para 2014 se prevêem «aumentos das tarifas pela utilização dos equipamentos pelos munícipes», estando a Turrisespaços a «resolver os seus problema económicos mediante um aumento generalizado de preços, fazendo recair sobre os ombros dos munícipes as suas próprias dificuldades financeiras».
Carlos Tomé lamentou ainda que a Câmara e a Turrisespaços estejam a obrigar os clubes a pagar uma parte (50 por cento) dos custos de utilização dos equipamentos desportivos, o que para a CDU é «inaceitável».