Vigilantes comunistas
O PCP está a apelar aos trabalhadores do sector da portaria e vigilância da região de Setúbal para que adiram ao Partido. Num comunicado assinado pelo Grupo de Trabalho dos Vigilantes da Região de Setúbal do PCP, salienta-se a exploração praticada pelas empresas do sector, nas quais se praticam turnos de «8, 12, 16 e mais horas», o que torna praticamente impossível qualquer conciliação da vida profissional com a vida familiar.
No comunicado lembra-se ainda o elevado desemprego no sector e as inúmeras injustiças praticadas contra os trabalhadores, que são obrigados a realizar um conjunto vasto de tarefas: «desde porteiros a telefonistas, de carteiros a mensageiros, de carregadores a secretárias, de arquivistas a administrativos, de guias turísticos a intérpretes, de guarda-costas a bombeiros, de socorristas a enfermeiros, de cobradores de transportes públicos a operadores de balanças industriais, e, em certos casos, até funcionários de limpeza.» Ao mesmo tempo, lembra o grupo de trabalho do PCP, os vigilantes sofrem o «maior ataque de sempre» aos seus salários e direitos.
Lembrando que muitos dos trabalhadores do sector foram militares, o PCP apela a que estes escutem o «toque de alvorada que soa nas ruas, nos locais de trabalho, nas consciências de todos e todas que não se resignarão nunca, que nunca aceitarão o retrocesso social que nos querem impor».