Uma nuvem negra sobre o futuro da Cinemateca Portuguesa decorre da situação trazida a público na semana passada, comentou o Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos. Para o STE/CGTP-IN, «o momento de grande constrangimento financeiro que a Cinemateca está a passar é fruto de um completo desinvestimento do Governo encabeçado por PSD/CDS-PP que, na falta de uma política cultural para o País, entrega ao abandono as estruturas culturais». «Desvalorizar a cultura» foi a opção deste Governo, que «promove cortes e despedimentos e a destruição do papel de serviço público que a Cinemateca presta na divulgação do cinema português, na promoção de ciclos de cinema e na preservação de património histórico de valor incalculável que está à guarda do Arquivo Nacional de Imagens em Movimento». Está igualmente em causa o emprego de mais de 70 trabalhadores. O sindicato recorda que este Governo foi «promotor da destruição da Tobis, do encerramento de salas de cinemas, do roubo aos trabalhadores, dos cortes que impedem a realização de filmes, do desinvestimento generalizado na cultura». Por fim, o STE apela à organização e à luta dos trabalhadores da Cinemateca, assim como à solidariedade de trabalhadores de outras áreas.