Coptas egípcios apoiam exército

«Isto não é um conflito político entre diferentes facções, mas uma luta de todos os egípcios contra o terrorismo», afirmou o patriarca dos católicos coptas do Egipto, Ibrahim Isaac Sidrak, que agradeceu à polícia e ao exército egípcios «todos os esforços que têm feito para proteger o país». Também o bispo auxiliar católico de Alexandria, Youhanna Golta, afirmou que «cristãos e muçulmanos têm sido perseguidos pela Irmandade Muçulmana no Egipto», que não os distingue. «Não devemos fazer do problema um conflito entre cristãos e muçulmanos, porque é um problema egípcio. Tudo o que está a acontecer é contra o povo egípcio», acrescentou o líder religioso de Alexandria. Em seu entender, os EUA e a União Europeia «ainda não compreenderam isto e têm nas mãos informações falsas, distorcidas e erradas».

Entretanto, o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, foi detido num apartamento próximo da praça Rabaa al-Adawiva, no Cairo, onde, na quarta-feira da semana passada, foram mortas cerca de 600 pessoas num confronto entre fiéis a Morsi e forças do exército e da polícia. Segundo dados recolhidos por agências noticiosas internacionais, até segunda-feira dia 19, já teriam morrido mais de 800 pessoas em resultado da violência no país.

Quando a União Europeia ameaça suspender o financiamento ao Egipto e a administração norte-americana sofre pressões de vários senadores, incluindo o ex-candidato presidencial republicano John McCain, para interromper a assistência militar anual de 1,3 mil milhões de dólares ao Egipto, o chefe da diplomacia saudita, o príncipe Saud al-Faisal, afirma que os países árabes estão prontos para compensar qualquer redução da ajuda ocidental ao Egipto. A Arábia Saudita já financia aquele país com cinco mil milhões de dólares.



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