«O tempo do PS chegou ao fim»
Em Borba, a CDU apresentou, no Palacete dos Melos, os seus cabeças de lista aos órgãos autárquicos do concelho. Em ambiente de grande apoio, José Serra, primeiro candidato à Câmara Municipal, afirmou que a CDU está a preparar a vitória necessária nestas eleições e que «esse é o objectivo que traçámos e que queremos atingir». No entanto, reforçou, «não queremos o poder pelo poder, para fazer uma gestão corrente ou para sermos os executantes, no Poder Local, das políticas de direita nacionais ou da troika».
Na sua intervenção, José Serra referiu ainda que a desastrosa gestão do PS, ao longo dos últimos 12 anos, «é bem patente nos cerca de 15 milhões de dívidas que levaram ao desequilibro estrutural das finanças municipais, nas inúmeras promessas por cumprir, na alienação de serviços públicos essenciais como a água, no afastamento aos trabalhadores, na falta de uma política cultural, na penalização e redução de apoios às associações locais, que culminou com a adesão ao PAEL». «O descalabro da gestão PS é bem patente, na cidade e no concelho, com o desalento, a desmotivação e o descrédito generalizado. As pessoas estão fartas, o tempo de graça do PS chegou ao fim», acrescentou.
Câmara falida
O candidato à Câmara Municipal salientou, de igual modo, a importância que tem a CDU dar voz e agir na defesa dos interesses colectivos dos borbenses, dos trabalhadores, dos pequenos e médios empresários, dos reformados e dos jovens, e referiu que «o projecto de alternativa política que a CDU protagoniza rejeita a demagogia e as promessas fáceis».
Nesse sentido, prometeu, «iremos falar a verdade e propor um programa realista, adequado à situação financeira da Câmara Municipal, que é de falência. Temos que pagar as dívidas e contar com muito poucos recursos, porque é assim que iremos encontrar a Câmara.»
No entanto, «recusamos a fatalidade e o conformismo», sublinhou, frisando que a nova maioria CDU, no município, na defesa dos seus munícipes, «exigirá uma nova política nacional, um novo rumo para o País, afirmará a sua independência de decisões e as suas posições sustentadas nos interesses colectivos de Borba, manterá uma permanente ligação às populações, às instituições locais e aos trabalhadores municipais e das freguesias, assim como trabalhará para concretizar a dinamização, expansão e diversificação da economia local».