Passeio das Mulheres CDU do Porto

Fraternidade e solidariedade

Centenas de pessoas participaram, domingo, em mais uma edição do Passeio das Mulheres CDU/Porto, que teve lugar no Parque Fluvial de Porto de Rei, em Resende.

Grande parte dos participantes não é militante do PCP

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Ao longo do dia, activistas e simpatizantes da CDU conviveram neste grande piquenique. A boa disposição, reforçada com música popular, jogos tradicionais e muitos petiscos, marcou o dia. Os participantes viajaram com as merendas, grelhadores e muitos outros acessórios de apoio, transformando o parque fluvial num enorme banquete com todo o tipo de iguarias. Ao longo do dia, a música popular animou a iniciativa fazendo com que novos e velhos partilhassem as danças, reforçassem laços de amizade e camaradagem, demonstrando a abertura do PCP e a CDU a todos quantos queiram lutar por mais justiça e progresso social.

A principal divulgação desta iniciativa é feita através do «boca a boca» entre conhecidos, nas freguesias, nos bairros, nos locais de trabalho, com todos aqueles que, mesmo não sendo militantes do PCP, se identificam com a CDU, com as suas propostas e maneira de estar na política, sendo estes a maioria dos participantes. Trata-se de uma iniciativa política única no colectivo partidário do Porto, que pretende trazer até ao PCP e à CDU pessoas de outros quadrantes políticos e sociais, num espírito de festa e convívio fraterno. E, como sempre acontece, esta iniciativa voltou a reflectir este ano a fraternidade, a solidariedade e a alegria que lhe é característica.

Alegria, contestação e construção

O principal momento desta iniciativa foi o comício. Em nome do colectivo de mulheres da CDU, Carla Elizabete agradeceu a presença dos muitos amigos do PCP e da CDU que se associaram ao Passeio e valorizou a sua realização, ano após ano, sempre recheada de alegria e festa, mas também de luta e de combatividade por um País mais justo. A activista acrescentou que o Passeio das Mulheres CDU se caracteriza pelas suas especificidades populares, pela participação das gentes típicas do Porto e pela coexistência da diversão com as reivindicações e críticas às políticas de direita. Trata-se mesmo de uma iniciativa ímpar nos panoramas regional e nacional, não apenas pela dimensão e ambiente, mas pela sua história de mais de vinte anos e pela presença expressiva de moradores dos bairros sociais, do centro histórico do Porto e de muitos outros locais da cidade e da região do Porto.

Já Pedro Carvalho, vereador e candidato à presidência da Câmara do Porto, desferiu duras criticas aos candidatos dos partidos da troika nacional ao município, sublinhando que nunca umas eleições autárquicas estiveram tão ligadas às questões nacionais como as deste ano. Quanto a Luís Filipe Meneses, o candidato da CDU acusou-o de ter medo de colocar nos cartazes o símbolo do seu partido e de demagogicamente prometer criar 20 mil novos empregos no Porto, ao mesmo tempo que suporta um Governo que destruiu no último ano mais de 200 mil postos de trabalho e que o concelho que dirige, Vila Nova de Gaia, tem das maiores taxas de desemprego do País. De Rui Moreira afirmou Pedro Carvalho tratar-se de um «falso independente», estando alinhado com o CDS e Paulo Portas. Já Manuel Pizarro, do PS, teve responsabilidades enquanto secretário de Estado nos governos de José Sócrates na execução da graves malfeitorias ao Serviço Nacional de Saúde. O candidato da CDU lembrou as provas dadas pela coligação, no Porto como no País, afirmando-se disponível para todas as responsabilidades que o povo lhe quiser atribuir.

É o capital quem manda

Na intervenção de encerramento do comício, Jerónimo de Sousa acusou o Governo PSD/CDS de se «agarrar teimosamente ao poder», evitando a única solução democrática possível no actual contexto: a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições legislativas antecipadas. Referindo-se às jogadas nos partidos da coligação que suporta o Governo, o Secretário-geral do PCP afirmou: «Não se trata de nenhuma maluqueira, é o capital financeiro que determina a vida desses partidos porque naturalmente eles, depois de cumprida a sua tarefa, hão-de ir para a administração de uma empresa, hão-de ir para a um lugar na União Europeia, terão com certeza um lugar que lhes garanta o futuro.»

Depois de garantir que Passos Coelho e Paulo Portas receberam do poder económico instruções «para se humilharem, se for preciso», Jerónimo de Sousa acusou o Presidente da República de se comportar «como mais um elemento da coligação», ao sustentar um Governo «politicamente derrotado e socialmente isolado».



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