Desemprego, precariedade, pobreza

A face real da UE

As devastadoras consequências da política económica e social da União Europeia foram analisadas no debate promovido, dia 21, em Guimarães pelo PCP e pelo GUE/NGL – Grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu, que reafirmou a necessidade de uma ruptura com o actual processo de integração capitalista, abrindo caminho a uma outra Europa, dos trabalhadores e dos povos.

A sessão, sob o tema «Desemprego. Precariedade. Pobreza. A face real da União Europeia», foi dirigida por Ângelo Alves, membro da Comissão Política e da Secção Internacional do PCP.

Na mesa estavam igualmente os deputados no PE e membros do CC do PCP, João Ferreira e Inês Zuber, João Frazão, membro da Comissão Política do CC e responsável pela Organização Regional de Braga do PCP, e os convidados estrangeiros Ramon Vazquez, deputado da Alternativa Galega de Esquerdas Lugo no Parlamento da Galiza, em representação da Esquerda Unida, Kathryn Reilly, senadora, em representação do Sinn Fein (Irlanda) e Panagiotis Rentzleas, membro do secretariado de apoio aos deputados no Parlamento Europeu do Partido Comunista da Grécia.

Os trabalhos, ao longo dos quais foram produzidas cerca de dezena e meia de intervenções de que daremos notícia mais alargada no próximo número, foram encerrados por João Frazão que, depois de traçar um breve balanço sobre os números alarmantes do desemprego e pobreza na UE, salientou que a actual crise «traz à evidência as limitações históricas do capitalismo, desse sistema de exploração brutal dos trabalhadores e dos povos».

Todavia, referiu, esta crise «é potenciada pelas sucessivas medidas de austeridade impostas a partir de fora» e «aceites pelas burguesias nacionais em cada um dos países».

«É uma crise que tem como objectivo e é ampliada pela opção de acentuação da exploração dos países e dos povos e de concentração da riqueza», afirmou João Frazão, sublinhando que «há uma alternativa patriótica e de esquerda que o PCP propõe ao nosso povo e que é possível pela intervenção, pela vontade, pela participação e pelo voto do nosso povo».



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