Para sair da crise
Milhares de pessoas manifestaram-se, no domingo, 16, nas principais cidades de Espanha, exigindo a criação de empregos e o fim da austeridade.
Sindicatos condenam austeridade
A jornada, que decorreu sob o lema «Pelo emprego e protecção social. Por uma Europa mais social e democrática», integrou-se na semana de protestos convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos.
Em Espanha, segundo a central sindical CCOO (Confederação Sindical das Comissões Operárias), realizaram-se 50 manifestações nos grandes centros urbanos, organizadas em conjunto com a UGT (União Geral dos Trabalhadores) e a USO (União Sindical Operária), com o apoio das 150 organizações que compõem a plataforma Cimeira Social.
Na capital, Madrid, o desfile arrancou por volta do meio-dia junto ao Ministério da Saúde e terminou numa concentração na praça Porta do Sol, onde foi lido um manifesto, que denuncia os resultados desastrosos das políticas de austeridade iniciadas há três anos e reclama novas políticas.
Antes do início da marcha, o secretário-geral das CCOO, Ignacio Fernández Toxo, recordou que, em 2010, havia na União Europeia 24 milhões de desempregados, dos quais 4,5 milhões em Espanha. «Hoje, três anos depois, há 26,5 milhões de desempregados na UE, dos quais 6,2 milhões são espanhóis».
O manifesto lança um apelo à cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, marcada para os dias 27 e 28, considerando que «é hora das instituições europeias superarem a sua incapacidade manifesta de fazer frente aos ditames da Alemanha e da sua chanceler Angela Merkel, e aprovarem medidas enérgicas a favor do crescimento e do emprego».