Manning, Assata, liberdade

António Santos
Começou na segunda-feira o julgamento de Bradley Manning, o soldado estado-unidense de 25 anos que, há três anos, foi preso sob a acusação de ter tornado públicos centenas de milhares de documentos...

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«Derrotar o AKP <br> é justo e mobilizador»

Os protestos que eclodiram nos últimos dias na Turquia resultam da confluência de descontentamentos com diversas origens, mas expressam um denominador comum: a rejeição popular do projecto reaccionário que o governo procura impor no país, disse ao Avante! o membro da Associação de Paz da Turquia e do CC do Partido Comunista da Turquia (TKP), que esteve em Portugal a propósito das reuniões do Secretariado e da Região Europa do Conselho Mundial da Paz.

Mais força à paz

O CPPC acolheu, no fim-de-semana, as reuniões do Secretariado e da Região Europa do Conselho Mundial da Paz (CMP), das quais saiu a firme intenção de reforçar o movimento num momento em que ele é tão necessário.

Maioria aprova <br> ex-dirigentes soviéticos

Um inquérito realizado entre 19 e 22 de Abril pelo Instituto Levada indica que a maioria dos russos avalia positivamente os dirigentes soviéticos, e negativamente os mais conhecidos protagonistas locais do derrube da URSS. O imperador Nicolau II, deposto pela Revolução de 1917, recolhe um total de 48 por cento de opiniões favoráveis.

Apesar da intensa campanha de intoxicação pública contra a ideologia comunista, os comunistas e o seu projecto de sociedade, a União Soviética e a construção do socialismo, Lénine e Stáline recolhem avaliações positivas de 55 e 50 por cento, respectivamente. Valores semelhantes, segundo o inquérito do Levada, são obtidos por Khruchov (45 por cento) e Brejnev (56 por cento).

Já Gorbachov e Iéltsin são considerados pela maioria como figuras de acção perniciosa, motivando avaliações negativas da parte de 66 e 64 por cento dos questionados, e o valor de aprovação mais baixo entre as figuras consideradas, 22 por cento.

Desigualdade brutal

Metade dos rendimentos mundiais é controlado por oito por cento dos mais ricos, afirma um dos principais investigadores do Banco Mundial. Desvendando algumas das conclusões que fará publicar num artigo na revista «Global Policy», Branko Milanovic revelou, igualmente, que «a desigualdade mundial é muito maior que a desigualdade em qualquer país concreto».

Os dados apurados permitiram ao economista constatar também que um por cento mais ricos do planeta possuem quase 50 por cento do conjunto dos activos pessoais. Este grupo restrito é composto em grande medida por norte-americanos e europeus oriundos de famílias que acumularam fortunas ao longo de décadas, passando-as de geração em geração.

Milanovic afirma ainda que aquela elite viu o respectivo património aumentar em mais de 60 por cento entre 1988 e 2008, ao passo que os ingressos dos 5 por cento mais pobres ao nível global não registaram alterações significativas.