A taxa de desemprego na zona euro atingiu o novo valor recorde de 12,2 por cento em Abril.

Dados divulgados dia 31 pelo Eurostat reflectem a contracção da actividade económica na zona euro há seis trimestres consecutivos, tendência que se deverá manter.

Entre as quatro maiores economias da zona euro, apenas a Alemanha apresenta um desemprego aparentemente controlado, com uma taxa de 5,4 por cento. Em Itália, por exemplo, o número de desempregados bate todos os das últimas quatro décadas (12%) e em França, a segunda potência do Velho Continente, a taxa já vai em 11 por cento.

A Grécia lidera a lista com 27 por cento, seguida de perto pela Espanha com 26,8% da população activa sem trabalho. Em Portugal, o desemprego voltou a subir para 17,5 por cento.

Só na zona euro há 19,3 milhões de pessoas sem emprego, mais 1,6 milhões do que há um ano e mais 95 mil em comparação com o mês anterior.

No conjunto dos 27 países da União Europeia (UE), a percentagem de desempregados manteve-se nos 11 por cento, em relação a Março, o que representa 26,5 milhões de cidadãos sem trabalho.

Face ao agravamento da situação, a Comissão Europeia propôs, na semana passada, novos prazos para a correcção dos défices de vários estados-membros. Também o Banco Central Europeu (BCE) admitiu uma nova redução de juros para mínimos históricos.