Líbia

Prossegue a barbárie

Um vídeo difundido na Internet mostra alegados mercenários a torturarem civis sequestrados na Líbia. Segundo informações difundidas pela Russia Today, as imagens – cuja veracidade e data não puderam ainda ser confirmadas –, disponibilizadas na página ojosparalapaz.org referem-se a pretensos interrogatórios realizados por supostos contratados ao serviço da CIA e da NATO no país.

Confirmado está, por outro lado, o envolvimento formal da Aliança Atlântica no treino e suporte técnico do exército do território norte-africano. Isso mesmo foi acordado segunda-feira, 26, numa reunião entre o secretário-geral do bloco militar imperialista, Anders Fogh Rasmussen, e o primeiro-ministro líbio, Ali Zeidan.

Entretanto, o até agora presidente da Assembleia Nacional, a principal autoridade política formal, apresentou a sua demissão. A renúncia de Mohamed al-Megaryef é obrigatória após a aprovação, no dia 5 de Maio, de uma lei que exclui do exercício de cargos políticos todos os indivíduos que tenham estado vinculados à revolução verde entre Setembro de 1969 e o início da agressão imperialista da NATO, em Março de 2011.

Por estes dias, saiu de cena, igualmente, o ministro do Interior, Achour Chawali, mas neste caso devido à incapacidade para controlar as milícias que cercaram durante semanas vários ministérios até à votação favorável do pacote legislativo segregacionista acima referido, e devido à proliferação de atentados contra edifícios públicos, o último dos quais, tendo como alvo um hospital de Bengasi, vitimou pelo menos 15 pessoas e deixou uma centena de feridos.

De fora, mas da chefia do Estado-Maior-General, está também Youssouf al-Mankouch, que não cumpre os requisitos para prosseguir no posto. Em causa estão as novas condições impostas para liderar as Forças Armadas da Líbia, entre as quais sobressaem a oposição pública ao regime de Muammar Kadhafi, o apoio ao levantamento armado iniciado a 17 de Fevereiro de 2011 a partir de Bengasi, e a participação nas operações de combate ao lado dos mercenários contra o exército regular do país, pressupostos que restringem o lote de candidatos impondo um comandante afecto aos grupos armados que prosseguem o domínio bárbaro no terreno.



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