Câmara do Porto reduz apoios

CDU apresenta soluções

Pedro Car­valho, ve­re­ador e can­di­dato da CDU à pre­si­dência da Câ­mara do Porto, vi­sitou, no dia 5 de Maio, a As­so­ci­ação de Mo­ra­dores da Zona do Campo Alegre, com o ob­jec­tivo de con­tactar com a po­pu­lação e co­nhecer a ex­pe­ri­ência ímpar deste bairro.

A co­li­gação PSD/​CDS nunca aca­ri­nhou o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo

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Para a CDU, o Bairro da As­so­ci­ação de Mo­ra­dores da Zona do Campo Alegre é um bom exemplo de in­te­gração de ha­bi­tação so­cial no te­cido ur­bano cen­tral, de­vendo ser su­bli­nhado o papel cí­vico e in­ter­ven­tivo que a sua as­so­ci­ação teve ao longo dos anos.

«Este Bairro, tal como muitos ou­tros cons­truídos na ci­dade do Porto por as­so­ci­a­ções de mo­ra­dores, na sequência da Re­vo­lução do 25 de Abril, de­monstra bem as po­ten­ci­a­li­dades que se abrem às po­pu­la­ções quando, com o apoio dos po­deres pú­blicos, in­tervêm para a re­so­lução dos seus prin­ci­pais pro­blemas», sa­li­enta, em nota de im­prensa, a Co­li­gação, in­for­mando que, pa­ra­le­la­mente a esses pro­cessos de cons­trução de ha­bi­tação, «muitas destas as­so­ci­a­ções alar­garam o âm­bito da sua ac­ti­vi­dade à di­na­mi­zação de va­lên­cias de apoio às cri­anças e aos idosos, si­mul­ta­ne­a­mente com o de­sen­vol­vi­mento de ac­ti­vi­dades de ca­rácter re­cre­a­tivo, des­por­tivo e cul­tural».

No en­tanto, apesar do seu imenso tra­balho, estas as­so­ci­a­ções re­cebem cada vez menos apoios dos po­deres pú­blicos e da au­tar­quia do Porto. A As­so­ci­ação de Mo­ra­dores de Mas­sa­relos, por exemplo, vai ter que aban­donar a va­lência de apoio aos idosos, na sequência da en­trega da sua sede (an­tigo ar­mazém do peixe), pe­rante a pas­si­vi­dade cúm­plice da mai­oria PSD/​CDS na Câ­mara do Porto.

Atrair po­pu­lação

«Uma das so­lu­ções para au­mentar a oferta de ha­bi­tação a custos con­tro­lados e con­se­guir, desta forma, atrair mais po­pu­lação para o Porto passa pela aber­tura da Câ­mara Mu­ni­cipal à co­o­pe­ração com os mo­vi­mentos as­so­ci­a­tivos e co­o­pe­ra­tivos, in­cen­ti­vando a cri­ação e con­so­li­dação destas or­ga­ni­za­ções po­pu­lares», de­fende a CDU, su­bli­nhando que «esta opção per­mite apro­fundar a in­ter­venção da po­pu­lação na es­fera da vi­zi­nhança, fo­men­tando a de­mo­cracia par­ti­ci­pa­tiva, e ao mesmo tempo va­lo­rizar o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo como in­ter­me­diário entre as po­pu­la­ções e a au­tar­quia, e como agente in­ter­ven­tivo no plano so­cial, cul­tural e re­cre­a­tivo».

Neste con­texto, as as­so­ci­a­ções de mo­ra­dores são fun­da­men­tais para, em par­ceria e diá­logo com o mu­ni­cípio e as fre­gue­sias, con­tri­buir para re­solver os pro­blemas lo­cais, desde ques­tões re­la­ci­o­nadas com a ha­bi­tação e ou­tras, como aces­si­bi­li­dades e es­paços verdes. «In­fe­liz­mente, a co­li­gação PSD/​CDS nunca aca­ri­nhou o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo, não exis­tindo apoios con­cretos para a sua pro­moção a nível mu­ni­cipal, pelo con­trário, o que tem feito é pro­mover a de­ser­ti­fi­cação da ci­dade e a de­sin­te­gração das co­mu­ni­dades lo­cais exis­tentes nos bairros his­tó­ricos da ci­dade», de­nuncia a CDU.

PSD e CDS hos­ti­lizam a Cul­tura

Por ini­ci­a­tiva da CDU, a As­sem­bleia Mu­ni­cipal do Porto vai reunir, ex­tra­or­di­na­ri­a­mente, no dia 27, para de­bater a si­tu­ação da Cul­tura na ci­dade. «Os agentes cul­tu­rais com in­ter­venção na ci­dade do Porto, de uma forma geral, atra­vessam pre­sen­te­mente um pe­ríodo de grandes di­fi­cul­dades, com ca­rên­cias nos meios e con­di­ções de tra­balho, en­fren­tando cortes pro­fundos nos apoios que põem em causa a sua pró­pria sub­sis­tência», re­fere, em nota à co­mu­ni­cação so­cial, a CDU, que acusa a co­li­gação PSD/​CDS, nos planos da go­ver­nação na­ci­onal e mu­ni­cipal, de «hos­ti­li­zação à pro­dução ar­tís­tica e cul­tural».

En­tre­tanto, com o in­tuito de apro­fundar o seu co­nhe­ci­mento sobre esta ma­téria, a CDU tem vindo a re­a­lizar um con­junto alar­gado de con­tactos com ins­ti­tui­ções, as­so­ci­a­ções e grupos cul­tu­rais do Porto. No dia 7, por exemplo, Pedro Car­valho, ve­re­ador na Câ­mara do Porto, re­cebeu os re­pre­sen­tantes do Fes­tival In­ter­na­ci­onal de Te­atro de Ex­pressão Ibé­rica.

Ca­rên­cias na PSP

Ho­nório Novo, de­pu­tado do PCP e pri­meiro can­di­dato da CDU à As­sem­bleia Mu­ni­cipal do Porto, en­tregou na As­sem­bleia da Re­pú­blica, na se­mana pas­sada, um con­junto de dez re­que­ri­mentos di­ri­gidos ao mi­nistro da Ad­mi­nis­tração In­terna sobre as con­di­ções de di­versas ins­ta­la­ções do PSP na ci­dade.

Nos do­cu­mentos alerta-se, por exemplo, para a falta de con­di­ções nas ins­ta­la­ções da Di­visão de Trân­sito e da Es­quadra de Ce­do­feita. Si­tu­a­ções que ha­viam já sido de­nun­ci­adas em reu­nião de Câ­mara, no dia 19 de Fe­ve­reiro, por Pedro Car­valho, ve­re­ador da CDU. «A re­so­lução das ca­rên­cias exis­tentes ao nível das forças de se­gu­rança, com des­taque para a PSP, é es­sen­cial para a dig­ni­fi­cação das con­di­ções de tra­balho dos agentes, para o re­forço da se­gu­rança das po­pu­la­ções e para o de­sen­vol­vi­mento de uma po­lí­tica de po­li­ci­a­mento de pro­xi­mi­dade», de­fende a CDU.



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