Pesada herança em Aveiro
Miguel Viegas e Filipe Guerra são, respectivamente, cabeças de lista da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Aveiro. A apresentação pública dos candidatos realizou-se no dia 18 de Abril, no Canal Central da Ria de Aveiro.
Estamos hoje em presença de uma Câmara falida
A CDU apresenta-se a estas eleições com a confiança e a certeza de construir uma alternativa válida e necessária para travar décadas de declínio e abandono.
«Com efeito, mais de três décadas de políticas erradas e ruinosas, levadas a cabo por PSD, CDS e PS, coligados ou em alternância, deixam-nos hoje uma pesada herança. Estamos hoje em presença de uma Câmara falida, com uma dívida insuportável de cerca de 140 milhões de euros, fruto de décadas de irresponsabilidade política e total inoperacionalidade na gestão da coisa pública», refere a CDU, frisando que a Câmara de Aveiro está «completamente à deriva», tendo abdicado, ao longo das últimas décadas, «das suas principais competências, privatizando serviços, na maior parte dos casos de forma ruinosa, desde os resíduos sólidos urbanos à água, saneamento e transportes».
Na apresentação pública dos candidatos, a CDU avançou com cinco «ideias chaves», incluídas no seu projecto alternativo para o concelho, que consistem em «uma gestão participada, democrática e transparente», no «saneamento financeiro da Câmara», num «novo plano de desenvolvimento socioeconómico para o concelho», na «recuperação para o domínio municipal de serviços públicos essenciais, como sejam a distribuição de água e saneamento, a recolha de resíduos sólidos urbanos ou os transportes públicos» e «uma nova política urbana para o concelho».
Com as pessoas
Miguel Viegas, cabeça de lista à Câmara Municipal, valorizou o trabalho realizado nos últimos quatro anos pela CDU na Assembleia Municipal de Aveiro, que se pautou «pela firmeza e segurança, capacidade de transposição para aquela Assembleia dos grandes e pequenos problemas locais e nacionais mais sentidos pelos trabalhadores e populações do concelho».
«Foram quatro anos com muitas batalhas contra a maioria de direita nos órgãos municipais, quatro anos a que ainda se juntam os outros anteriores quatro anos de política de direita pelas mãos desta coligação PSD/CDS, ou seja, oito anos de retrocesso económico e social, oito penosos anos para a vida do concelho e das suas populações», salientou.