Professores «de luto e em luta»

Pela escola e o emprego

O Governo irá tão longe quanto conseguir, na redução de pessoal, o que requer da parte de todo os professores uma resposta à altura, destacou a Fenprof, lembrando as propostas sindicais.

A alternativa exige investimento na Educação

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Desde segunda-feira, até amanhã, nas escolas e nas ruas, os sindicatos e a Federação Nacional dos Professores fazem do negro a cor da luta «pela profissão e em defesa da escola pública». Depois de uma acção simbólica, dia 18, em Lisboa, que, ao fim de seis horas, conseguiu a marcação, para dia 26, de uma reunião pedida com urgência em Janeiro, para tratar com o ministro Nuno Crato dos problemas urgentes da Educação e dos docentes, a Fenprof marca cada dia com uma conferência de imprensa temática, nas diferentes regiões.
Anteontem, em Coimbra, estiveram em destaque os problemas do emprego. Na intervenção de Mário Nogueira, Secretário-geral da federação, e no documento distribuído aos jornalistas, foi citada a estatística mais recente do IEFP, que mostra a versão oficial do aumento do desemprego registado: na categoria «docentes do ensino secundário, superior e profissões similares», de Janeiro de 2011 para Janeiro de 2013, o aumento foi de quase 80 por cento, o que representa mais de 14 mil desempregados; entre os «profissionais de nível intermédio de ensino», o aumento é superior a 30 por cento e significa perto de sete mil desempregados. Para a Fenprof, este é o retrato «de um assustador esvaziamento das escolas, em termos de recursos docentes, do desperdício gritante destas qualificações profissionais em Portugal e de dramas pessoais e familiares que atingem muitos milhares destas pessoas».
A federação reiterou propostas que, a serem adoptadas, permitirão «ganhos necessários no sistema e no funcionamento das escolas» e terão «reflexos importantes na diminuição do desemprego docente».

Na segunda-feira, cerca de 250 docentes concentraram-se em Castelo Branco contra os mega-agrupamentos, que o MEC volta a querer impor na cidade.




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