Aos 79 anos faleceu Adelina Martins, funcionária do Partido na clandestinidade. Operária agrícola, era natural de Santiago do Cacém, terra onde foi muito violenta a repressão fascista sobre os trabalhadores dos campos e das fábricas que desenvolveram corajosas lutas – que tão bem foram contadas pelo escritor comunista Manuel da Fonseca – o que a levou a aderir, ainda jovem, ao Partido Comunista Português.

Em meados da década de 50 do século passado, passa à clandestinidade como funcionária do Partido, juntamente com o seu companheiro, Ilídio Esteves. A defesa das casas clandestinas do Partido foi uma tarefa a que se entregou com muita dedicação e espírito de responsabilidade. Na clandestinidade nasceu uma das suas duas filhas.

Em liberdade, depois do 25 de Abril de 1974, Adelina Martins teve tarefas em Centros de Trabalho do Partido nas organizações regionais do Algarve e de Lisboa. O Secretariado do Comité Central enviou as condolências à família.