Desemprego é flagelo global
A taxa de desemprego em Portugal continua a bater recordes. De acordo com dados divulgados esta semana pelo Eurostat, o índice ascendeu no mês de Agosto a 15,9 por cento do total da população activa, colocando o nosso País em terceiro lugar no ranking da UE, apenas superado pela Espanha (25,1 por cento) e pela Grécia (24,4 por cento).
Reagindo aos números do gabinete de estatísticas europeu, o Secretário-geral da CGTP-IN sublinhou que este «é um número que não surpreende» já que «era evidente que isto ia acontecer».
Em declarações à comunicação social, Arménio Carlos considerou ainda que os dados confirmam «que esta política é um fracasso total e que temos um Governo de costas voltadas para o País», e sublinhou o facto de as taxas mais graves e em progressão imparável serem observáveis em países intervencionados pela troika.
Já depois da divulgação dos dados pelo Eurostat, o Banco Mundial voltou a advertir que, no actual contexto de crise, o desemprego é um flagelo global, e confirmou que 200 milhões de pessoas se encontram nessa situação, 75 milhões das quais têm menos de 25 anos.
Estes cálculos não incluem milhões de mulheres em idade activa, mas excluídas do mercado laboral. Caso contrário, o índice seria consideravelmente mais elevado.
O BM prevê que nos próximos 15 anos sejam necessários 600 milhões de novos postos de trabalho para absorver o crescimento da população, sobretudo nos continentes asiático e africano.