Du­rante a tarde e a noite de sexta-feira, dia 21, vá­rios mi­lhares de pes­soas ma­ni­fes­taram-se frente ao Pa­lácio de Belém, en­quanto ali de­corria a reu­nião do Con­selho de Es­tado. A ini­ci­a­tiva partiu dos pro­mo­tores das ma­ni­fes­ta­ções «Que se lixe a troika», no dia 15, e a mo­bi­li­zação foi feita nas redes so­ciais da In­ternet, ao longo da se­mana.

A con­tes­tação ao Go­verno e à po­lí­tica das troikas teve ex­pressão em car­tazes e faixas, em pa­la­vras de ordem e em apodos gri­tados ao pri­meiro-mi­nistro, ao mi­nistro das Fi­nanças, aos go­ver­nantes em geral. Foram agi­tadas ban­deiras na­ci­o­nais e foram exi­bidas faixas, afir­mando que os pro­testos pú­blicos se vão manter, desde já na ma­ni­fes­tação na­ci­onal de dia 29, no Ter­reiro do Paço. Por ini­ci­a­tiva de duas can­toras lí­ricas e uma pro­fes­sora de mú­sica, a que se as­so­ci­aram mem­bros de grupos co­rais e cen­tenas de ou­tras pes­soas, foi can­tada, cerca das 18 horas, «Acordai», uma das «Can­ções He­róicas» de José Gomes Fer­reira e Fer­nando Lopes-Graça. Sem es­tarem na «con­vo­ca­tória», foram também en­to­adas «A In­ter­na­ci­onal» e «Grân­dola Vila Mo­rena», entre ou­tras.

Nessa mesma tarde, com mo­tivos se­me­lhantes mas menor par­ti­ci­pação, ocor­reram ac­ções em al­gumas ou­tras ci­dades.