Avanteatro 2012

Arte para resistir

Carlos Nabais

O espaço do Avanteatro abriu-se aos visitantes com um novo aspecto, várias melhorias na sua construção, como os corredores laterais em placas de betão, contribuindo para reduzir o ruído à sua passagem, e uma programação diversificada de grande qualidade, confirmada pela forte afluência de diferentes públicos aos espectáculos.

O bar, que até aqui permanecia oculto no interior, rasgava a fachada do pavilhão em PVC, debruçando-se sobre uma convidativa esplanada à sombra do frondoso eucalipto.

No foyer, que parecia agora mais amplo, continuando a albergar um palco, as mesas e as cadeiras próprias de um café-concerto, fomos encontrar uma interessante exposição sobre as sucessivas edições do teatro na Festa, desde o longínquo ano de 1986.

Através das páginas do Avante!, que registou em textos e imagens os principais eventos de cada ano, recordámos as diferentes localizações, as condições difíceis para público e actores, as experiências, inovações e melhoramentos na concepção deste espaço efémero, a evolução e enriquecimento da sua programação e, enfim, os espectáculos memoráveis a que ali assistimos, no ambiente emocionante, único e irrepetível da Festa.

Num momento em que no País alastra o sentimento de desespero, indignação e revolta contra as políticas antipopulares do Governo e da troika, o breve historial do Avanteatro surgiu-nos como um inspirador exemplo de luta e resistência, cujos frutos produzidos ao longo dos anos conseguiram afirmar esta mostra de teatro e de outras artes de palco numa referência incontornável da vastíssima oferta cultural da Festa do Avante!.

Uma visão crítica do mundo

De resistência e luta também nos falaram várias peças que se destacaram na programação deste ano. Depois do grupo Akuanduba Quinteto, um grupo de músicos com formação clássica que preencheu a sua actuação com uma homenagem a Astor Piazzola, falecido há 20 anos, Lídia Franco subiu ao palco para uma representação extraordinária a solo. Em «Óscar e a Senhora Cor-de-Rosa», a actriz multiplica-se em personagens, contando-nos a história de uma criança com leucemia a quem uma voluntária (a senhora cor-de-rosa) ensina a enfrentar a morte sem medo e a desfrutar da vida que lhe resta com alegria e paixão. Combinam que cada dia passaria a equivaler a dez anos. A criança imagina-se a atravessar as diferentes idades, acabando por morrer, dali a dias, com mais de 100 anos.

Pouco depois, no exterior, o Teatro Fórum de Moura apresentava a irónica peça «Alto, e Pára o Trabalho», composta por divertidos números, executados por uma suposta companhia de teatro-circo financiada pela troika, que percorre o País para convencer a população de que, entre outros, «a luta de classes não existe» e que, «tal como o Sol gira em torno da Terra, o trabalho gira em torno do capital». O mestre-de-cerimónias chamava-se Filipe Banha da Cobra.

A noite, que terminaria com a actuação do grupo de Évora, Pucarinho, teve antes um momento alto com a peça «Madrugada», levada a cena numa produção conjunta do Teatroensaio e do Teatro Art’Imagem.

A memória da repressão fascista, das prisões e das torturas da PIDE, é tratada neste espectáculo a partir de um dos últimos interrogatórios efectuados pela PIDE a uma presa política, na véspera da Revolução de Abril. Intencionalmente, o texto e a encenação, da autoria de Pedro Estorninho, não situam os acontecimentos no seu contexto histórico, já que interrogatórios sob tortura continuam a existir em diferentes partes do mundo. Apesar disso, o público identifica facilmente os métodos brutais usados pela polícia política do fascismo português. No final, o polícia recebe um telefonema e indica à presa que está livre. Nesta alusão ao 25 de Abril de 1974, os focos de luz deixam de incidir sobre a interrogada e são apontados para o agente.

Da comédia à tragédia

Como já é tradição, as manhãs de sábado e domingo foram dedicadas ao teatro infantil. No último dia, a Companhia de Dança de Almada inspirou-se no livro de Mário Castrim, Estas São as Letras, para montar o didáctico espectáculo «Jogos de Letras».

Na véspera, miúdos e graúdos deliciaram-se com as fábulas de La Fontaine que serviram de base ao espectáculo «Dona Raposa e Outros Animais», encenado por Teresa Gafeira, da Companhia de Teatro de Almada. À tarde, um outro elenco da mesma companhia pegou na hilariante comédia «Falar Verdade a Mentir», de Almeida Garrett.

Ainda não refeitos das gargalhadas, participámos no debate sobre a cultura, que teve lugar no espaço do Bar, onde se reflectiu a situação trágica da maioria dos grupos e criadores nacionais, cujo futuro está ameaçado pela política anticultural do Governo.

Como nos explicou Manuel Mendonça, um dos responsáveis pela organização do Avanteatro, a ideia é passar a juntar todos os anos representantes dos grupos e companhias que integram a programação para debater as políticas culturais e a necessidade de as combater.

Esse combate, como salientaram vários intervenientes, exige a superação do individualismo e a convergência de esforços num movimento reivindicativo, já constituído em torno do Manifesto em Defesa da Cultura, o qual deve confluir com a luta geral dos trabalhadores e populações contra as políticas anti-sociais do Governo e intervenção da troika estrangeira.

Ainda no sábado, o Teatro dos Aloés apresentou a peça «Laurel e Hardy Vão para o Céu», comédia que reflecte as contradições das relações de produção capitalistas.

A noite prosseguiu cá fora com a nova criação do Teatro o Bando, «Ainda Não é o Fim», peça que assume a intervenção política, trazendo para a actualidade os sentimentos de esperança e a revolta manifestados pelo povo português no período revolucionário. O inovador espectáculo, que constitui um marco no historial da Companhia, tem música de Jorge Salgueiro, interpretada em palco pela Big Band «Os Loureiros».

Pela noite dentro, o público assistiu ainda à peça da bailarina e coreógrafa Cláudia Dias, «Das Coisas nascem Coisas», terminando a programação com os sons argentinos de Daniel Schvetz, Tango Trio, numa segunda evocação dos 20 anos do desaparecimento de Astor Piazzolla.

No domingo à tarde, o bar ficou lotado de miúdos e graúdos que vibraram com as cantigas de José Barata Moura, revitalizadas pelo grupo Roda dos Amigos, com enérgicos arranjos eléctricos, solos de guitarra e de teclas.

Já na sua fase final, a programação incluiu três curtas-metragens de João Salaviza, tendo encerrado em ambiente de festa com os ritmos do Menino é Lindo.

Entretanto, um dos momentos mais altos estava reservado ao numeroso público que assistiu à peça «Diz-lhes que Não Falarei Nem que me Matem».

Baseada na experiência pessoal do dirigente do PCP, Carlos Costa, que passou 15 anos nas prisões fascistas, a peça, escrita e encenada pela sua sobrinha-neta, Marta Freitas, falou-nos das torturas a que foram submetidos tantos militantes comunistas, dos tratamentos desumanos que sofreram, dos dramas decorrentes da privação da liberdade, mas também da firmeza de convicções de que muitos lutadores deram prova, dispostos a sacrificar a própria vida em nome do ideal do socialismo e do comunismo.

No final, em homenagem a todos esses lutadores abnegados, o actor Mário Santos levou ao palco Carlos Costa, que estava na assistência, para com ele partilhar os intensos e merecidos aplausos do público.

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1. O Akuanduba Quinteto homenageou Astor Piazzola

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2. «Óscar e a Senhora Cor-de-Rosa» com Lídia Franco

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3. «Alto, e Pára o Trabalho», pelo Teatro Fórum de Moura,

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4. «Madrugada», co-produzida pelo Teatroensaio e o Teatro Art’Imagem

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6. «Jogos de Letras», pela Companhia de Dança de Almada

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7. «Dona Raposa e Outros Animais», pela Companhia de Teatro de Almada

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8. «Falar Verdade a Mentir», pela Companhia de Teatro de Almada

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9. No debate sobre a cultura, moderado por Pedro Maia, da equipa do Avanteatro, participaram Rodrigo Francisco e Joaquim Benite, da Companhia de Teatro de Almada, Pedro Estorninho, do Teatroensaio, José Peixoto, do Teatro Aloés, Jorge Mota e Marta Freitas, do Mundo Razoável, João Brites, do Teatro O Bando, Jorge Feliciano, do Teatro Fórum de Moura, Pedro Carvalho, do Teatro Art’Imagem, e do deputado do PCP, Miguel Tiago.

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10. «Laurel e Hardy Vão para o Céu», pelo Teatro dos Aloés

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11. «Ainda Não é o Fim», pelo Teatro O Bando

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13. Daniel Schvetz, Tango Trio,

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14. Roda dos Amigos

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15. Cinema, três curtas de João Salaviza

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16. No final de «Diz-lhes que Não Falarei Nem que Me Matem», o actor Mário Santos partilhou os aplausos com Carlos Costa, cuja experiência pessoal inspirou a peça



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