Anunciadas greves e manifestações

Em Setembro cresce a luta

Greves na Galp Energia e no Grupo Barraqueiro, a recusa de trabalho suplementar no caminho-de-ferro e outros sectores, e concentrações da Administração Pública destacam-se na agenda de lutas das próximas semanas.

Prosseguem em muitas empresas as greves ao trabalho extra

Image 11286

Mantêm-se em vigor, em diversas empresas e sectores, pré-avisos que dão cobertura legal à recusa de trabalho suplementar com valor substancialmente reduzido.

Nas transportadoras públicas, onde o roubo de salários e o ataque aos direitos e ao emprego se acentuara já com o Orçamento do Estado e o «plano estratégico de transportes», uma reunião de representantes iria ontem analisar o prosseguimento da luta. Foram anunciadas greves no sector portuário, entre os dias 17 e 24, na Rodoviária de Lisboa (dia 17), na Rodoviária do Alentejo e na Trevo (dia 19). Contra a privatização e em defesa de melhores transportes públicos, está convocada uma manifestação em Aveiro, para dia 12.

Na Petrogal, na Lisboagás e noutras empresas do Grupo Galp Energia foi convocada uma greve de três dias, de 17 a 19 de Setembro, com o objectivo de manter todos os direitos, melhorar os salários e exigir o cumprimento da contratação colectiva. A decisão, informou a Fiequimetal/CGTP-IN, foi aprovada pelos trabalhadores em plenários muito participados, onde foi clara a rejeição do aumento da duração do tempo de trabalho; da diminuição do valor do trabalho; da eliminação dos descansos compensatórios, de dias feriados e dias de férias; do aumento da comparticipação dos trabalhadores no seguro de saúde.

Na proposta reivindicativa da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, aprovada anteontem, exige-se uma actualização salarial de 47 euros, em 2013, sem abdicar da reposição da parte dos salários roubada em 2011 e 2012, bem como dos subsídios de férias e de Natal deste ano. A cimeira de sindicatos exigiu a revogação da legislação laboral que visa retirar direitos, embaratecer o trabalho e abrir a porta aos despedimentos nos vários sectores do Estado, e apelou à não aprovação da Proposta de Lei 81/XII, em apreciação pública até dia 15. Foi decidido realizar uma concentração no dia 14, junto à Assembleia da República, para entrega do parecer da Frente Comum sobre este diploma. No dia 17 vai realizar-se outra concentração, junto à presidência do Conselho de Ministros.

As linhas da política reivindicativa da CGTP-IN devem ser aprovadas na reunião de hoje, do Conselho Nacional da central. Está anunciado para dia 15 um encontro nacional, sobre acção reivindicativa.




Mais artigos de: Trabalhadores

Manter pública a <i>RTP</i>

Os trabalhadores da RTP repudiaram prontamente o plano pré-anunciado pelo Governo, posição essencial para uma ampla convergência em defesa do serviço público e contra a alienação da empresa ou de canais.

<i>INCM</i> em passo acelerado

O relatório da auditoria do Tribunal de Contas, sobre o desempenho da empresa nos anos de 2009 a 2011, divulgado a 2 de Agosto, veio trazer argumentos para justificar a aceleração do desmembramento e da privatização da Imprensa Nacional Casa da Moeda, a começar pela...

Fenprof exige vinculação

Pouco depois de serem conhecidos os resultados do concurso para colocação de docentes, a Fenprof confirmou a expectativa de que, neste ano lectivo, sejam contratados menos cerca de 18 mil professores. Numa conferência de imprensa, no Porto, Mário Nogueira informou...

Marcha com mais razão

O constante aumento do número de desempregados confirma a justeza da Marcha contra o Desemprego, que a CGTP-IN vai promover de 5 a 13 de Outubro, declarou a central, na sexta-feira, 31 de Agosto, comentando a taxa de desemprego de 15,7 por cento, relativa a Julho, divulgada nesse dia pelo Eurostat. Este...