Fenprof exige vinculação

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Pouco depois de serem conhecidos os resultados do concurso para colocação de docentes, a Fenprof confirmou a expectativa de que, neste ano lectivo, sejam contratados menos cerca de 18 mil professores. Numa conferência de imprensa, no Porto, Mário Nogueira informou que a federação vai exercer o direito legal de requerer a abertura de um processo negocial, para concretizar o regime de vinculação extraordinária de professores, que o ministro da Educação e Ciência anunciou no Parlamento, a 19 de Julho. A Fenprof vai propor que sejam abrangidos os docentes que o MEC deixou sem colocação e que, à data do despedimento, reunissem os requisitos que venham a ser definidos. Caso o MEC não inicie este processo de vinculação, Nuno Crato deverá demitir-se e pedir desculpas por ter mentido aos deputados, exigiu o Secretário-geral da Fenprof.

Para evitar que milhares de professores que trabalham directamente com alunos sejam considerados em «horário-zero», a federação vai reclamar uma listagem detalhada das actividades consideradas «lectivas».

As listas de colocação foram divulgadas ao fim da tarde de sexta-feira. No total, foram colocados menos 5171 professores do que há um ano, o que representa uma redução superior a 40 por cento; mas já em 2011 tinha havido uma diminuição de 4528 professores contratados, face a 2010 (menos 26,2 por cento). Os docentes colocados deveriam apresentar-se segunda-feira nas respectivas escolas.

Procurando chamar a atenção para os milhares de professores que, fazendo falta nas escolas, tiveram que ir na segunda-feira tratar do subsídio de desemprego, a Fenprof e os seus sindicatos realizaram uma série de acções, no dia 3, junto a centros de emprego.

Hoje e amanhã, reúne-se o Secretariado Nacional da Fenprof, que deverá decidir os contornos da grande acção pública que a federação decidiu promover a 5 de Outubro, Dia Mundial dos Professores.




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