Metro Sul do Tejo

Não à política de cortes

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É com preocupação que o Grupo Parlamentar do PCP vê a possibilidade admitida no Plano Estratégico para o Sector dos Transportes de ser eliminada a linha 2 Corroios/Pragal do Metro Sul do Tejo, bem como a redução drástica das frequências noutras linhas, no âmbito da renegociação do contrato de concessão com a empresa MTS.

Dessa renegociação que estará em curso só em Junho passado houve conhecimento público através do testemunho prestado por Vítor Almeida, representante do Ministério das Finanças em várias comissões de acompanhamento e processos de renegociação de parcerias, no quadro da comissão parlamentar de inquérito às PPP do sector rodoviário e ferroviário. Foi por ele que então se ficou a saber da existência de uma renegociação do contrato de concessão do Metro Sul do Tejo, o que aliás contraria aquela que tinha sido a informação enviada pelo Governo sobre esta matéria à comissão de inquérito.

Ora tais intentos – fala-se inclusivamente da questão do horário de funcionamento da rede do Metro Sul do Tejo –, a concretizarem-se, além de representarem um sério prejuízo para os utentes, comprometem os actuais postos de trabalho.

Por isso as diligências já efectuadas pelo deputado comunista Bruno Dias junto do Governo no sentido de apurar em concreto que informação tem este afinal a dar sobre a renegociação com a MTS relativa ao contrato de concessão do Metro.

O deputado do PCP faz ainda questão de saber quais as medidas perspectivadas no quadro da alteração deste serviço e respectivas consequências sobre os utentes e sobre os trabalhadores da empresa.

Recordadas no texto são as enormes vantagens deste meio de transporte «colectivo moderno» e «amigo do ambiente», nomeadamente o facto de ser um projecto estruturante para o desenvolvimento local e regional, a par do seu papel «fundamental para a diversificação da mobilidade das populações».

Bruno Dias não deixa igualmente de chamar a atenção para os efeitos nefastos das políticas seguidas neste capítulo por sucessivos governos, realçando nomeadamente que o corte nas carreiras e os aumentos insuportáveis dos preços dos passes sociais e bilhetes têm afastado milhares de utentes dos transportes públicos.

 

 



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