Palestina
Habitantes da Faixa de Gaza manifestaram-se, segunda-feira, junto aos escritórios da ONU no território para exigirem a libertação dos presos políticos encarcerados por Israel sem acusação ou julgamento. Estima-se que cerca de 11 mil palestinianos se encontrem nesta situação, a maioria dos quais enfrentando condições inumanas de detenção.
Alguns dos prisioneiros estão em greve de fome correndo sérios riscos de vida, alertou, a semana passada, a Amnistia Internacional.
Paralelamente, um tribunal de Haifa ilibou o exército israelita pela morte da activista norte-americana Rachel Corrie, esmagada por uma retroescavadora, em 2003, na Faixa de Gaza, quando protestava contra a destruição de casas de palestinianos.
Para a justiça israelita, Corrie, que na altura tinha 24 anos, foi vítima de um «acidente e não de uma acção intencional», conclusão contestada pela família da jovem e que mereceu o repúdio do relator das Nações Unidas para os territórios palestinianos.
Richard Falk expressou-se «surpreendido e triste» com a decisão e manifestou preocupação pelo precedente que abre, já que, considerou, não sanciona «a violência de Estado, particularmente contra civis desarmados num território ocupado».