<i>Cerâmica de Valadares</i><br>Crime, mentiras e luta

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Após a decisão dos trabalhadores colocados em lay-off (cerca de 200) de impedirem, desde dia 14, o acesso de viaturas à fábrica, de modo a salvaguardar o património, os patrões da Cerâmica de Valadares mandaram de férias o pessoal que não foi abrangido pela suspensão dos contratos de trabalho (uma centena), determinando o encerramento da firma durante uma semana, que deve terminar hoje.

Num plenário, dia 17, foi decidido apresentar queixa na Polícia, uma vez que é considerado crime não entregar aos trabalhadores o dinheiro público destinado a 70 por cento dos salários, confiado em Junho à administração, como confirmou anteontem o director regional da Segurança Social.

Na segunda-feira, dia 20, os trabalhadores foram, em manifestação, desde a fábrica até à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, onde protestaram contra as mentiras em que, afinal, se tornaram as promessas de ajuda do presidente, no início do ano, repetidas agora por um vereador embaraçado.

A luta pelo pagamento dos salários e pela viabilização da empresa e preservação do emprego prossegue, continuando a contar com a solidariedade do PCP, que num comunicado da comissão concelhia valorizou a acção «consciente e heróica» dos trabalhadores e alertou para os graves problemas sociais a que o Governo permanece alheio.




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