Atentado ao Norte alentejano
O encerramento do ramal de Cáceres a partir de 15 de Agosto, decidido pelo Governo, é mais uma medida que «acelera a destruição de condições de vida e de trabalho no Norte Alentejano». A opinião é do Secretariado da Direcção da Organização Regional de Portalegre do PCP que, em comunicado de dia 10, acrescenta que com este encerramento é desmantelado o transporte ferroviário de passageiros no distrito – por ali passam, agora, apenas os serviços de mercadorias da Linha do Oeste.
Com o fim do ramal de Cáceres, o Governo impede o transporte de passageiros no distrito e o serviço internacional na Estremadura, ao mudar a circulação do comboio Lusitânia para a Linha da Beira Alta, com saída pela Guarda, interrompendo dessa maneira um serviço inaugurado em 1881. Os comunistas salientam ainda que num momento de «crise económica e social, em que o elevado custo dos combustíveis e as portagens nas auto-estradas aconselham a utilização do transporte ferroviário devido ao seu baixo custo energético e reduzida poluição, o Governo vem dar o golpe final ao transporte ferroviário no distrito».
O PCP é «absolutamente contrário a mais este crime contra o interior e as populações», exigindo do Governo a sua reabertura, bem como o retomar do transporte de passageiros entre Abrantes e a fronteira.