Resíduos perigosos por remover
A Comissão de Acompanhamento do Processo de Deposição e Remoção dos Resíduos Perigosos depositados em S. Pedro Cova está preocupada com o facto de o Governo não estar a respeitar os compromissos assumidos quanto à remoção dos referidos resíduos e análise à qualidade da água na região.
Em nota enviada à comunicação social, a 24 de Julho, a Comissão lembra que as conclusões do Relatório do LNEC, apresentado em Abril de 2011, apontavam como «muito elevada» a «perigosidade do depósito de resíduos para o ambiente e para a saúde pública locais», pelo que se recomendava a sua «remoção tão breve quanto possível, preferencialmente antes de terminar o período estival do ano em curso». Posteriormente, recorda ainda a Comissão, foram assumidos compromissos para a remoção dos resíduos até Junho de 2012, mas a data foi ultrapassada e tudo continua por fazer.
A população de São Pedro da Cova, refere a nota de imprensa, «continua sem saber se as águas subterrâneas estão ou não contaminadas, se podem ou não utilizar as águas provenientes dos poços e furos de água, e quais as reais consequências da deposição dos resíduos para a saúde pública das populações, quer da freguesia de S. Pedro da Cova ou das freguesias limítrofes». Tendo em consideração que «foram necessários quase 10 anos para se confirmar a perigosidade destes resíduos», a Comissão deixa claro que as populações não estão disponíveis para aguardar mais pela remoção dos resíduos.
Assim, a Comissão de Acompanhamento do Processo de Deposição e Remoção dos Resíduos Perigosos depositados em S. Pedro Cova decidiu solicitar reuniões de carácter de urgência com o Ministério do Ambiente, a Comissão do Ambiente da Assembleia da República, a Agência Portuguesa do Ambiente e a CCDR-N.
Exigindo uma rápida intervenção das autoridades competentes, designadamente da ministra do Ambiente, a Comissão faz notar que será «inaceitável que novos adiamentos possam continuar a sustentar as nossas preocupações, sendo que estamos perante um problema de consequências extraordinariamente gravosas para as populações».