Contra o ataque à escola pública

Professores voltam à rua

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«Convocamos os professores e educadores para uma manifestação nacional dia 12 de Julho, em Lisboa», anunciou o secretário-geral da Fenprof durante uma iniciativa que a estrutura sindical promoveu, a semana passada, no Parque Eduardo VII, para assinalar o primeiro aniversário do Governo PSD/CDS.

Um ano negro na Educação donde sobressai o desemprego, o qual, segundo dados oficiais, aumentou 60 por cento entre os professores do Básico e 137,1 por cento entre os do Secundário e Superior, frisou Mário Nogueira.

«Todavia, parece que tal não foi suficiente para atingir os objectivos da troika e do Governo. Por isso, o Ministério da Educação tem vindo a impor novas e piores medidas» alertou antes de exemplificar com a imposição dos «mega-grupamentos, a revisão curricular, o aumento de alunos por turma, a extinção de Centros Novas Oportunidades e as restrições no ensino recorrente ou nos Cursos de Formação e Educação».

O ataque cerrado à escola pública motivou o lançamento de uma petição em sua defesa. O objectivo da Fenprof era forçar a discussão no plenário da Assembleia da República (AR), pretensão largamente superada, já que o documento recolheu o triplo das quatro mil subscrições necessárias, informou o Secretariado Nacional da Fenprof.

Também na terça-feira, 26, o Sindicato dos Professores da Região Centro promoveu uma concentração frente à Escola Secundária Jaime Cortesão contra a destruição da escola pública e em defesa do emprego e das condições de trabalho docentes.

O futuro é de luta, garantem os professores que apelam ao conjunto da comunidade educativa para que se mobilize e proteste. Nesse sentido, a Fenprof reuniu ontem com confederações de pais e associações de dirigentes escolares. Para o dia 9 de Julho, está prevista uma conferência de imprensa sobre as implicações dos 150 mega-agrupamentos.

Estas iniciativas, a par do contacto com os professoras nas escolas, da afixação de pendões a denunciar o roubo dos subsídios, e do combate judicial ao despacho sobre organização do ano lectivo e pela compensação por caducidade a docentes contratados – os tribunais já emitiram 23 sentenças condenando o Ministério, e a Fenprof pondera requerer a penhora do Palácio das Laranjeiras –, criam o ambiente propício para a manifestação, a realizar de hoje a duas semanas.



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