Crise amedronta europeus
A crise minou a confiança dos povos da Europa, revela uma sondagem, realizada em Março e Abril em oito países da UE, pelo Pew Research Center. Na apresentação dos resultados, dia 29 em Bruxelas, o director do projecto, Bruce Stokes, resumiu-os numa expressão: «As pessoas estão com medo de tudo».
Só um em cada três inquiridos é de opinião de que a integração económica na UE reforçou a economia do respectivo país. Na Alemanha, Espanha, França, Itália e Grécia, apenas 37 por cento, em média, fazem uma avaliação positiva da moeda única. Já na Polónia, Reino Unido e República Checa, que não integram a zona euro, a grande maioria dos inquiridos defende a manutenção das moedas nacionais.
Mesmo em relação à integração na UE, a descrença é cada vez maior, designadamente em Espanha onde as opiniões favoráveis desceram de 67 por cento em 2009 para os actuais 54 por cento. Com excepção da Alemanha, onde dois em cada três são eurófilos, nos restantes países analisados uma clara maioria pronuncia-se contra a UE: na Itália só 40 a apoiam, no Reino Unido os europeístas são menos de 30 por cento e na República Checa só 23 por cento vêem com bons olhos a integração.