Comunistas trocam experiências
Delegações de 59 partidos comunistas e operários participaram na 21.ª edição do Seminário Comunista Internacional de Bruxelas, promovido anualmente por um comité de coordenação, constituído por uma dezena de partidos, em que se destaca o Partido dos Trabalhadores da Bélgica.
No decorrer dos trabalhos, entre os dias 18 e 20, em que o PCP esteve representado por Inês Zuber, deputada no Parlamento Europeu, foram aprovadas três resoluções: uma em apoio à campanha pelo Não no referendo sobre o Tratado Orçamental, que terá lugar na Irlanda no próxima quinta-feira, 31, outra que apela à solidariedade com o povo palestiniano e com Cuba, e uma última que expressa a posição dos participantes contra a NATO e contra qualquer intervenção militar da parte desta.
Na sua intervenção, Inês Zuber caracterizou a actual situação de crise do capitalismo como «fundamentalmente, uma crise de sobreprodução e de sobre-acumulação. É uma crise que resulta da contradição entre o carácter social da produção e a apropriação privada capitalista. E teve como consequência uma nova ofensiva do imperialismo, uma ofensiva mais exploradora, opressora, reaccionária e violenta, como meio de encontrar uma saída da crise.»
A deputada do PCP salientou ainda que os comunistas portugueses entendem ser «necessário fortalecer e promover a resistência contra as medidas anti-sociais e antipopulares (...) e construir a unidade em defesa dos direitos sociais, laborais e da soberania. Estes são diferentes aspectos da luta que se relacionam dialecticamente entre si. Mas sobretudo é necessário defender a ruptura com o processo de integração capitalista.»