Sábado à tarde em Lisboa

Combater a exploração, afirmar a alternativa

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Depois da grandiosa manifestação de dia 19 no Porto, em que participaram mais de 10 mil pessoas, os comunistas saem outra vez à rua no sábado, em Lisboa, contra o pacto de agressão e por um Portugal com futuro. Certo de que a «austeridade» e a dependência não são uma fatalidade – antes uma opção – o PCP afirma a sua determinação em dar combate à política das troikas nacional e estrangeira, contribuindo ao mesmo tempo para dar mais força à luta mais geral pela ruptura e pela mudança.

Só com a luta de massas será possível derrotar o pacto de agressão

A manifestação do passado dia 19 ficará para sempre gravada na memória das gentes do Norte como uma das maiores acções de rua promovidas na cidade do Porto por um partido político – que é o mesmo que dizer pelo PCP, já que não há outro em Portugal com tamanha capacidade de mobilização e organização. E tudo indica que a manifestação do próximo sábado, entre o Cais do Sodré e os Restauradores, em Lisboa, seja igualmente memorável, tal a expressão de massas que deverá assumir.

Assim como sucedeu no Porto, também no sábado, nas ruas da Baixa de Lisboa, estarão aqueles que lutam todos os dias; que combatem a exploração e enfrentam os exploradores; que conhecem os problemas e organizam a resistência e a luta; que não traem nem desfalecem quando o combate endurece; que assumem um projecto alternativo para o País – a democracia avançada e o socialismo.

Mas não estarão sozinhos nesta jornada, como não o estão na luta de todos os dias. Ao seu lado voltarão a estar seguramente muitos outros, sem partido, que já compreenderam a necessidade de derrotar o pacto de agressão e aqueles a quem serve e perceberam também que só com a luta tal objectivo será concretizado. E que reconhecem também o papel insubstituível dos comunistas nesse combate.

Ao fazê-lo, uns e outros estarão não apenas a demonstrar o seu protesto com o rumo do seu País e, em tantos e tantos casos, das suas próprias vidas. Estarão igualmente a demonstrar o seu apoio a uma política patriótica e de esquerda que o PCP, e só ele, preconiza.

Na manifestação do Porto, Jerónimo de Sousa (que intervirá igualmente no próximo sábado nos Restauradores) disse que «nós confiamos que é possível, com a acção e a luta de todos, derrotar a política ruinosa que está a conduzir o País para o abismo» e «engrossar a corrente dos que erguem como imperativo nacional a exigência de rejeição do pacto de agressão que as troikas estrangeira e nacional estão a impor ao País e aos portugueses – e vencer». «Nós confiamos que, com a energia que resulta da consciência da justeza dos nossos objectivos de defesa do povo e do País, com a luta dos trabalhadores e do povo, acabará por se abrir o caminho por onde passará a bandeira da esperança e a concretização de um futuro promissor para Portugal e para os portugueses.»

A manifestação de depois de amanhã dará ainda um notável contributo para as próximas jornadas de luta unitárias, marcadas pela CGTP-IN para 9 de Junho, no Porto, e 16 de Junho, em Lisboa.


Isto não tem que ser assim!

 

A manifestação do próximo sábado assinala, tal como fez a de dia 19, um ano de aplicação do pacto de agressão assinado entre as troikas nacional (PS, PSD e CDS) e estrangeira (FMI, UE e BCE).

As medidas nele contidas, que provocaram uma drástica degradação das condições de trabalho e de vida da generalidade dos portugueses e puseram ainda mais em causa o futuro de Portugal como país independente e soberano, têm uma profunda marca de classe: corte nos salários e pensões; roubo nos subsídios de férias e de Natal; aumento dos preços de bens e serviços essenciais; alterações nas leis laborais desfavoráveis aos trabalhadores; degradação dos serviços públicos de saúde e educação; privatizações...

As suas consequências não podiam ser mais dramáticas: recessão profunda; aumento do desemprego para níveis inéditos; empobrecimento generalizado; degradação das condições de vida; emigração.

No dia 26, na manifestação do PCP, será afirmado um caminho alternativo que tem como vectores fundamentais a renegociação da dívida pública; a defesa do aparelho produtivo e da produção nacional; a valorização dos salários e pensões; a promoção do investimento público e o controlo público dos sectores estratégicos da economia.



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Exemplo presente nos combates que travamos

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Há pessoas que não morrem nunca e Catarina Eufémia é uma delas. Cinquenta e oito anos depois do seu assassinato, centenas de militantes e simpatizantes do Partido participaram na homenagem promovida pelo PCP em Baleizão, com a mesma determinação com que travam todos os dias a luta contra a exploração e a injustiça, pela democracia avançada e o socialismo.

Porque os mártires nunca morrem enquanto houver quem continue a luta pela qual deram as suas vidas.