«A desarticulação do serviço e a dispersão dos seus profissionais vão piorar a qualidade do serviço. A crónica falta de médicos de família, que apesar de muitas promessas o Governo Regional nunca resolveu, obriga à existência de um serviço complementar para urgências», defende a CDU, referindo-se ao Serviço de Atendimento Urgente de Ponta Delgada, que encerrou no início de Maio.

Face a esta situação, em nota de imprensa, os comunistas questionam o «destino a dar às actuais instalações e equipamentos, construídos há poucos anos, inaugurados com pompa e circunstância pelo presidente do Governo Regional», que «representam um gasto significativo de fundos públicos».

«Este desperdício demonstra bem a desorientação do Governo Regional», refere a CDU, interrogando novamente: «Também o projecto do novo Centro de Saúde de Ponta Delgada, de grandes dimensões, a construir junto ao Hospital, irá concentrar serviços de cuidados de saúde primários que, antes, se procuravam descentralizar. Em que ficamos?».

«O Governo Regional “navega à vista” na área da saúde, tudo fazendo para disfarçar as consequências das suas opções erradas, que criaram um enorme buraco financeiro na Saúde e simultaneamente pioraram os cuidados prestados aos açorianos», acusam os comunistas, que, em nome da «transparência, da lucidez e da saúde dos açorianos» exigem «a suspensão desta decisão até que, de uma vez por todas, haja um debate sério sobre a situação do sector da Saúde», que «permita definir soluções e caminhos e um modelo que tenha em conta as características da Região e a prestação cabal do direito à saúde dos açorianos».