
Uma arma do patrão
O divisionismo na actividade sindical é coisa antiga. Antes do 25 de Abril, durante o seu exílio em Paris, Mário Soares tentou promover, na cidade de Madrid, um encontro de activistas bancários portugueses, tendo sido encarregado dos contactos o sindicalista Mário Pina Correia, ligado aos meios católicos.
Não sabemos do sucesso ou insucesso de tais contactos. É provável que alguns bancários, não tendo efectuado tal deslocação, ficassem, mercê desse contacto, não só lisonjeados com a deferência, como engajados aos propósitos do secretário-Geral do PS em cindir o movimento sindical, como mais tarde veio a ser confirmado.