A guerra final pelo poder monopolista
«Na sociedade capitalista … a propriedade privada dos meios de produção é a ordem que permite a exploração da maioria pela minoria. A classe dominante tem nas suas mãos os órgãos do poder – a polícia, o exército, os tribunais, as prisões, etc. Todos estes órgãos formam o aparelho político, a máquina de direcção – o Estado» (O ABC da Política, Editorial “Estampa”).
«Há meio século, quando Marx escreveu O Capital, a livre concorrência era considerada “uma lei natural”. A “ciência” oficial procurou, então, aniquilar, por meio da “conspiração do silêncio”, a obra de Marx que tinha demonstrado com uma análise teórica e histórica do capitalismo que a livre concorrência gera a concentração da produção e que esta, em certo passo do seu desenvolvimento, conduz aos monopólios» (Lenine, “O Imperialismo, fase suprema do capitalismo”).
«Richard Sennet (2003) identificou as ligações entre as mudanças de produção e o que ele denominou como “corrosão do carácter”. A dominação capitalista que antes se localizava num lugar – a fábrica – hoje reside numa exigência implacável: a flexibilidade. Ser “flexível” tornou-se sinónimo de ser competente, de adaptar-se a novos projectos que exigem longos períodos de trabalho e a aceitação de condições de laboração em situações de contínua mudança, bem como a capacidade de trabalhar em rede com interesses estranhos» (de “A Corrosão do carácter”, R. Sennet).
No Livro Negro dos Iluminatti há processos de acção e previsão de estratégias que facilmente se adequam aos acontecimentos mundiais cujas sínteses nos chegam dia-a-dia. Não se trata simplesmente de fomentar guerras de interesses com discursos demagógicos; há sistemas sectoriais minuciosamente preparados que desenham situações bélicas e económicas sem saída entre grupos de nações e conduzem rapidamente à inevitabilidade de um novo grande conflito mundial. Nesta fase, o objectivo central é a instalação, a curto prazo, da ocupação militar e política das regiões ricas em matérias-primas vitais onde se localizam mercados que despontam e passam vias de comunicação de grande interesse estratégico. Não se trata de desencadear precipitadamente uma III Guerra Mundial, mas de estabelecer e dirigir planos parciais em rede que virão a ser a base de um imenso e catastrófico conflito planetário. As classes dominantes actuais pensam ter condições para criarem em todo o mundo, nesta primeira metade do século XXI, um clima de pavor que venha a resultar num caos generalizado. O Livro Negro dos iluminatti não esconde as tarefas que há a cumprir gradualmente: agitação e guerras nas terras do petróleo, intervenções humanitárias por forças militares agressoras dos estados fortes nos estados mais fracos, conflitos religiosos, descrédito dos partidos políticos, aprofundamento do fosso entre ricos e pobres, terrorismo, desprezo pelos textos constitucionais, controlo crescente das bolsas, da moeda e do capital especulativo, ruína das economias nacionais, estímulo do desemprego e da pobreza.
É evidente, todavia, que com as leis da história não se acaba por decreto. A luta de classes resulta das diferentes fases do capitalismo e, assim, não cessa de se reforçar e de ganhar novas formas. E há que ter em conta que no plano do inimigo isto nunca acontecerá. Por vezes, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e... nada acabará por mudar. O dogma mascara-se mas sobrevive. Sobretudo, na área política e religiosa das sociedades classistas, sempre será assim.
Os iluminati dominam todas as estruturas do poder religioso. O Vaticano diz-se cristalino mas é dele que brotam quase todas as sociedades secretas ocidentais. O Papa declara-se a imagem de Deus na Terra enquanto se envolve na protecção dos mais horrendos crimes. Vai ao México condenar alguns padres pedófilos mexicanos e omitir as responsabilidades que a toda a Igreja tem nos atentados do clero contras as crianças do resto do mundo. Prega a moralidade e esquece-se de referir o caudal de escândalos que mancham as finanças da Igreja e escapam à punição dos tribunais. O Vaticano nunca decretou o encerramento dos offshores católicos ou a dissolução dos seus grupos que financiam negócios secretos como a pornografia, o armamentismo ou a usura.
O povo católico bem poderia recusar o estigma de capitalista e negar-se a falar de Igreja como instituição acima de toda a suspeita! Sobretudo, quando patrocinadora de morticínios apocalípticos.