Protesto em Paris
Operários em luta pelos postos de trabalho
Na quarta semana de luta em defesa dos postos de trabalho, os operários siderúrgicos tentaram confrontar o actual presidente e candidato às próximas presidenciais, que têm lugar em Abril e Maio, com a sua situação desesperada.
Porém, quando se encontravam nas imediações da sede de campanha presidencial, os manifestantes foram detidos por um imponente dispositivo policial e depois repelidos com gás lacrimogéneo.
O protesto continuou em direcção à Torre Eiffel, para deixar uma bandeira no primeiro andar deste símbolo da França, construído com o aço da região de Lourraine, onde está instalada a siderurgia da actual Arcelor Mittal, como lembraram alguns representantes sindicais. Mas, novamente, um destacamento policial impediu-os de acederem ao edifício. O estandarte teve de ser fixado na base da estrutura.
A acção dos operários visou sobretudo pressionar Sarkozy a tomar medidas concretas, em vez de se limitar a vagas declarações eleitoralistas sobre a defesa da produção industrial e, em particular, a repetidas promessas de reactivamento dos altos-fornos de Florange, encerrados desde Outubro.
A demagogia do presidente candidato, ausente em mais uma jornada de campanha, foi ao ponto de, no dia em que os operários foram gaseados na capital, convidar os representantes sindicais para mais uma reunião no Eliseu para discutir o assunto na semana seguinte. Mas este duplo discurso não iludiu os manifestantes, que desfilaram pela capital aos gritos de «Sarkozy, traidor».