Argentina condena ditador
O último ditador da Argentina, o general Reynaldo Bignone, de 83 anos, foi condenado pela terceira vez, no dia 29, por crimes cometidos numa prisão secreta que funcionou num hospital público durante o regime militar.
O Tribunal Federal de Buenos Aires sentenciou o arguido com 15 anos de prisão pela privação ilegal da liberdade de pelo menos 21 pessoas, das quais seis fazem parte de uma lista de 30 mil desaparecidos durante a ditadura militar (1974-1983). Esta pena vem somar-se a duas outras sentenças de prisão perpétua, decididas contra Bignone por crimes cometidos durante o seu mandato (1982-83).
Além de Bignone, foram também condenados o ex-brigadeiro Hipólito Rafael Mariani, com oito anos de prisão, e o civil Luis Muiña, com 13 anos de prisão, igualmente envolvidos nos crimes perpetrados no Hospital Posadas, situado nas redondezas da capital argentina.