Milhares de pessoas continuam a manifestar-se no Egípto contra o Conselho Superior das Forças Armadas. A Junta militar, acusam, não só não cumpre a promessa de entregar o poder aos civis, feita após o derrube do ditador Hosni Mubarak, como é responsável pela morte de pelo menos uma centena de manifestantes nos protestos das últimas semanas.

No Cairo, Alexandria e Suez, sexta-feira, 23, realizou-se mais uma jornada de mobilização popular contra a violência das autoridades e pela democratização da vida política no território.

Os manifestantes exigiram igualmente a investigação aos acontecimentos violentos ocorridos durante os dias 17, 18 e 19 de Dezembro, nos quais morreram pelo menos 17 pessoas, centenas foram brutalmente espancadas e outras tantas detidas, e à repressão ordenada pelos militares na última semana de Novembro, também no Cairo, na qual terão morrido mais de 40 pessoas.