Precariedade jovem
As graves consequências do desemprego e da precariedade laboral para as novas gerações de trabalhadores foram evidenciadas num «Estudo exploratório qualitativo sobre os jovens trabalhadores inseridos em postos de trabalho pouco qualificados», feito no âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social e apresentado, dia 14, na sede nacional da CGTP-IN.
Mantendo-se a política de destruição de emprego, de baixos salários e de aumento da precariedade, o futuro da juventude será cada vez mais incerto. A conclusão foi referida pelos autores do estudo, professores no ISCTE, Renato Miguel do Carmo e Nuno de Almeida Alves, que o elaboraram para o Observatório das Desigualdades e o Instituto de Segurança Social, em colaboração com a central.
A luta pela dignificação das novas gerações de trabalhadores é uma prioridade na acção sindical da CGTP-IN, lembrou Maria do Carmo Tavares, moderadora do encontro e membro da Comissão Executiva da central.
Aos economistas da CGTP-IN, Fernando Marques e Catarina Morais, coube apresentar dois trabalhos sobre «Emprego e o Estatuto Social dos Jovens» e «Caracterização do Emprego Jovem», elaborados a propósito da mesma data.
As dificuldades para obter segurança e estabilidade laboral; os baixos salários; a falta de autonomia em relação aos pais; a incerteza quanto ao futuro; a ausência de condições dignas de vida e de trabalho; as baixas qualificações e o aumento da emigração, incluindo em profissões altamente qualificadas, foram alguns factos realçados.