FARC devolvem acusações

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) lamentaram a morte de quatro dos seis reféns que se preparavam para libertar unilateralmente, e responsabilizam o governo colombiano pelo desfecho trágico ocorrido no passado dia 26 de Novembro.

Em carta enviada às organizações humanitárias que haviam mediado o processo de libertação dos prisioneiros de guerra nas mãos da guerrilha, o Secretariado do Estado-Maior Central das FARC qualifica a operação militar governamental de «irracional» e sublinha que esta foi realizada «justamente quando íamos entregar» os detidos.

Foi «surpreendente a atitude do governo colombiano que, não duvidamos, estava ao corrente da nossa determinação [em libertar os reféns]», até porque, ao fim de 14 anos de cativeiro, era evidente que os «queríamos libertar vivos», mas, malogradamente, o executivo liderado por Juan Manuel Santos «preferiu devolvê-los mortos aos seus entes queridos», explica-se no texto.

«Queriamo-los vivos porque pretendemos iniciar uma troca de prisioneiros de guerra que desbrave o caminho para a paz. Nunca os quisemos mortos. Quem os matou foi o governo indecente que não tem qualquer humanidade e não valoriza a vida dos seus soldados», insiste-se.

No documento, as FARC repudiam ainda «a manipulação» dos factos ocorridos e salientam que estes revelam «a pérfida de um governo» e o seu «desprezo pelas normas essenciais do Direito Internacional» em matéria de direitos humanos.

Não obstante, reiteram que a sua disposição e a «luta por uma troca de prisioneiros e pela paz na Colômbia permanece inabalável», e garantem até que vão «redobrar os esforços nesse sentido».

Posteriormente, e em face da continuação da campanha de intoxicação pública sobre o sucedido no final do mês passado, foi o próprio comandante do Estado-Maior Central das FARC, Timoleón Jiménez, quem tornou pública uma missiva na qual frisa que «todos os colombianos, como todos os seres humanos, desejam morrer velhos rodeados pelo calor de uma família» e não crivados de balas num conflito, mas conclui que, na Colômbia, «tal direito só é reconhecido aos donos das grandes fortunas.



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